2014
DOI: 10.1590/s0103-18132014000100007
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Uma compreensão etnometodológica de aprendizagem e proficiência em língua adicional

Abstract: RESUMODescrevemos ações que configuram o trabalho de aprender espanhol como língua adicional e o trabalho de ser membro em entrevista de proficiência oral em português como língua adicional em duas sequências de fala-em-interação, segmentadas de dois corpora: 24 horas de gravações audiovisuais de aulas de espanhol como língua adicional em uma escola de línguas no Brasil (ABELEDO, 2008) e 10 horas de gravações em áudio de entrevistas de proficiência oral em português como língua adicional do exame Celpe-Bras (F… Show more

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“…Desde essa perspectiva, o que os participantes sabem é o que eles demonstram e exibem saber em comum ao mobilizarem ações sequencialmente organizadas para levar adiante as atividades sociais de uso da linguagem em que se engajam. Trata-se de uma perspectiva de cognição enquanto realização social (SCHEGLOFF, 1991;ANTAKI, 2006;ABELEDO, 2008;FRANK;KANITZ, 2012b;ABELEDO et al, 2014), em que o conhecimento é compreendido como uma realização pública, instanciada na interação entre os atores sociais mediante o uso da linguagem pela exibição da compreensão e pela produção de entendimento do que fazem em cada aqui-e-agora interacional. Nessa perspectiva, cognição, linguagem e interação guardam, assim, estreita relação (ABELEDO, 2008, p. 28), pois se compreende que a cognição, ao contrário de ser individual, é socialmente compartilhada e indissolúvel do uso da linguagem em interação.…”
Section: A Análise Da Conversa Etnometodológica: Uma Perspectiva Sociunclassified
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“…Desde essa perspectiva, o que os participantes sabem é o que eles demonstram e exibem saber em comum ao mobilizarem ações sequencialmente organizadas para levar adiante as atividades sociais de uso da linguagem em que se engajam. Trata-se de uma perspectiva de cognição enquanto realização social (SCHEGLOFF, 1991;ANTAKI, 2006;ABELEDO, 2008;FRANK;KANITZ, 2012b;ABELEDO et al, 2014), em que o conhecimento é compreendido como uma realização pública, instanciada na interação entre os atores sociais mediante o uso da linguagem pela exibição da compreensão e pela produção de entendimento do que fazem em cada aqui-e-agora interacional. Nessa perspectiva, cognição, linguagem e interação guardam, assim, estreita relação (ABELEDO, 2008, p. 28), pois se compreende que a cognição, ao contrário de ser individual, é socialmente compartilhada e indissolúvel do uso da linguagem em interação.…”
Section: A Análise Da Conversa Etnometodológica: Uma Perspectiva Sociunclassified
“…Nesse sentido, Abeledo (2008) aponta que não é suficiente considerar a cognição como um conjunto de capacidades e processos individuais e autônomos, como também é limitador enxergar a linguagem como um conjunto de recursos manipuláveis para a codificação de mensagens, que só no momento da sua emissão na interação adquirem dimensão social. (p. 28) A cognição, assim, longe de se referir tão-somente a conhecimentos abstratos depositados de modo isolado na mente dos indivíduos, é concebida como socialmente distribuída, sendo, assim, exibida no trabalho interacional dos atores sociais engajados na construção e manutenção de um mundo em comum ou de um conhecimento mantido em comum por meio de uma série de práticas interacionais mediadas pelo uso da linguagem e orientadas para a confirmação, modificação e ampliação desse conhecimento (SCHEGLOFF, 1991, p. 152;ABELEDO, 2008, p. 28;ABELEDO et al, 2014).…”
Section: A Análise Da Conversa Etnometodológica: Uma Perspectiva Sociunclassified
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“…Neste estudo, dentre as possíveis abordagens para identidades sociais, optamos pela Análise de Categorias de Pertencimento 1 (MCA) (SACKS, 1992;SCHEGLOFF, 2007aSCHEGLOFF, , 2007b. No Brasil, essa abordagem tem crescentemente sido utilizada para tratar de identidades no campo da linguagem por vários autores, dentre eles, Abeledo (2008); Almeida (2009); Fortes (2010); Kniphoff (2012); Uflacker (2012); Abeledo et al (2014).…”
Section: Identidades Sociais: a Análise De Categorias De Pertencimentounclassified
“…A linguagem é compreendida como um fenômeno social, sendo adquirida e usada pelos interagentes para diferentes fins práticos, ou seja, ela não é simplesmente aplicada ao agirmos, mas (re)modelada a cada uso diante das necessidades comunicativas localmente configuradas (Clark, 1996). A aprendizagem de uma língua adicional, portanto, está diretamente vinculada à participação em práticas sociais que demandem dos interagentes o seu uso efetivo, sendo observável nas ações levadas a cabo pelos participantes (Mondada e Doehler, 2004;Pekarek--Doehler, 2012;Abeledo et al, 2014).…”
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