2006
DOI: 10.1590/s0103-166x2006000300009
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A violência doméstica e os desafios da compreensão interdisciplinar

Abstract: Estudos de Psicologia I Campinas I 23(3) I 299-306 I julho -setembro 2006 A violência doméstica e os desafios da compreensão interdisciplinar 1 Domestic violence and the interdisciplinary comprehension challenge Resumo O presente artigo pretende tecer uma reflexão teórica acerca da temática família, especificamente a família que apresenta a violência doméstica, com a violência física de pais e mães contra filhos. Apoiamo-nos na leitura psicodinâmica e em conceitos da Antropologia para a compreensão da amplitud… Show more

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“…Assim, uma família é um campo formado por um feixe de relações intercambiáveis entre si. A família, grupo composto por seus membros, além de ser espaço de convivência importante para o desenvolvimento destes (Neves & Romanelli, 2006), é constituída por tudo o que cada indivíduo percebe em si e de si mesmo, no outro e do outro, em relação ao meio/contexto ao qual pertence. Nesse sentido, o campo familiar é um aspecto particular do campo social.…”
Section: O Poder Nos Campos Familiar E Psicossocial Jurídicounclassified
“…Assim, uma família é um campo formado por um feixe de relações intercambiáveis entre si. A família, grupo composto por seus membros, além de ser espaço de convivência importante para o desenvolvimento destes (Neves & Romanelli, 2006), é constituída por tudo o que cada indivíduo percebe em si e de si mesmo, no outro e do outro, em relação ao meio/contexto ao qual pertence. Nesse sentido, o campo familiar é um aspecto particular do campo social.…”
Section: O Poder Nos Campos Familiar E Psicossocial Jurídicounclassified
“…A consciência da violência praticada e vivenciada; a demarcação de fronteiras entre a agressividade, a agressão e a violência; definições mais precisas da violência psicológica que ocorre na família; as possíveis relações entre experiência consciente e violência psicológica e suas repercussões no autoconceito de homens e de mulheres, são questões gerais orientadoras das nossas pesquisas 1 na graduação, iniciação científica e no programa de mestrado em psicologia da Universidade Federal do Pará desde o ano de 2005. No contexto pós-moderno caracterizado pela impermanência, instabilidade, rapidez, novas formas de conjugalidade e organização familiar 2 , nossos estudos empíricos indagam, através de pesquisa qualitativa exploratória, o exame de possíveis relações entre experiência consciente e violência psicológica. Justificamos a elaboração deste artigo tendo em vista contribuir para a clarificação do campo conceitual da violência que ocorre nas famílias, pois, identificamos nos documentos pesquisados uma grande variedade de códigos linguísticos e imprecisão conceitual; por exemplo, os autores se valem igualmente da categoria violência doméstica e da violência intrafamiliar para abordar as formas de violências (Neves & Romanelli, 2006;Saliba, Garbin, Garbin, & Dossi, 2007;Silva & Oliveira, 2008;Porto, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…A violência doméstica quase sempre é guardada em segredo, onde o agressor e a vítima fazem pacto de silêncio, o que acaba livrando o agressor de punição e a vítima acaba sendo cúmplice das agressões praticadas contra ela mesma, de forma silenciosa e destrutiva. [5][6][7][8][9][10] Os tipos de violência contra as mulheres são: a violência física, entendida como toda a ação que implica o uso da força física contra a integridade ou a saúde corporal como empurrar, bater, atirar objetos, sacudir, esbofetear, espancar, estrangular, chutar, usar ou ameaçar com arma de fogo ou arma branca, entre outras; a violência psicológica, que é a mais difícil de ser detectada e ocorre por meio de um ato que causa dano emocional e diminuição da auto-estima como ameaçar, culpar, intimidar, xingar, humilhar, isolar a vítima dos amigos e parentes, cercear, controlar, confiscar dinheiro, destruir objetos e documentos, fazer a pessoa se sentir culpada, incapaz, feia, louca, provocar confusão mental, usar os filhos para chantagear, coagir e pode ser entendida também como violência emocional ou verbal; a violência sexual, que é o ato de forçar o sexo em momento indesejado, forçar a pessoa a olhar pornografia, fazer sexo com outra pessoa ou em grupo; a violência patrimonial, cuja conduta configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos; e a violência moral, que implica o ato de cometer calúnia, difamação ou injúria contra a vítima. A vítima de violência geralmente se encontra vinculada ao agressor, por dependência emocional e/ou material, estabelecendo assim um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se por meses ou anos.…”
Section: Introductionunclassified