Condições de vida e mortalidade infantil no município do Embu, São Paulo

Abstract

OBJETIVO: Descrever a distribuição do coeficiente de mortalidade infantil e seus componentes no município do Embu, São Paulo, no período de 1995 a 1998, segundo os estratos de condições de vida. MÉTODOS: Estudo descritivo com análise por conglomerados,dos 135 setores censitários do município de Embu, agrupados em quatro estratos de condições de vida: estrato 1, com melhores condições de moradia, renda e escolaridade; estratos 2 e 3, intermediários; estrato 4, no qual todas as moradias eram aglomerados subnormais ou favelas. Foram calculados os coeficientes de mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal, a proporção entre óbitos neonatais e pós-neonatais, o risco atribuível populacional e mortalidade proporcional por causas, para os anos de 1995 a 1998, segundo os quatro estratos de condições de vida estabelecidos. RESULTADOS: O estrato 4 apresentou maiores coeficientes de mortalidade infantil e risco atribuível populacional em relação aos estratos intermediários, em todos os anos do estudo. Esse estrato apresentou, também, as menores proporções entre mortalidade neonatal e pós-neonatal. O risco atribuível populacional no estrato 4 foi maior que os demais estratos para as afecções perinatais (159,4), doenças respiratórias (271,4) e doenças infecciosas (415,6). Identificaram-se dados demográficos semelhantes em áreas próximas aos limites geograficamente constituídos pelo estudo e heterogeneidade de eventos num mesmo território. CONCLUSÕES: Identificou-se uma relação entre desigualdades sociais e mortalidade infantil, segundo os critérios de condições de vida estabelecidos para este estudo, entretanto, não houve distribuição homogênea nos quatro estratos populacionais, revelando dificuldades em utilizá-los como parâmetros para desigualdades sociais em grandes centros urbanos.

Preventable infant mortality: Spatial distribution and main causes in three Brazilian municipalities

“…Recognizing the health inequalities combined with a discussion on the territorialization of preventable child deaths and the underlining causes of preventable deaths in the municipalities of this study can contribute to an understanding of infant mortality, limits and possibilities of health actions [14], and can provide health professionals with awareness of the existing inequality among the different regions of the municipalities. Although the studied municipalities have lower infant mortality coefficients when compared to other municipalities in different regions of Brazil (9.5, 14.3 and 11.3 deaths per thousand live births in Maringá, Sarandi and Paiçandu, respectively, between 2004 and 2008), adequate prenatal measures and care measures during delivery and neonatal stages, such as improving service and organization and arranging services in networks, would represent 195 child deaths that could be prevented during the study period, as these deaths were classified as preventable according to an analysis by the IMPC.…”

Mortalidade pós-neonatal no território brasileiro: uma revisão da literatura

“…It´s important to note that popula onal health surveys were developed in industrialized countries in the 1960´s as instruments for formula ng and evalua ng public policies, as well as making it possible to collect data for construc ng indicators associated with health and not just illness, such as risk factors and the social determinants of the health-illness process, while being fast to apply with a reasonable cost-benefi t ra o (41) . In this study, many used popula onal surveys to iden fy the rela onship between living condi ons, infant mortality and health inequali es (12,14,18,24,34) .…”

“…In some studies, this has gone from 4.0% to approximately 25.0% in the last fi een years (12)(13)17,19,26,32,34) and, in another, it was the leading cause of death (12) . All popula ons are exposed to the risk of developing congenital defects.…”

“…In the town of Embu in the state of São Paulo, the social strata with the worst living condi ons, between 1995 and 1998, had the highest IMR, in rela on to the intermediate strata; the social indicators and the health reality in many ways resemble the condi ons found in the peripheries of the great urban centers, where infant mortality remains as yet one more manifesta on of the contradicons between the social classes (34) .…”

“…It may be observed that research is concentrated in the South-west region (37%) (9,10,12,15,17,21,(24)(25)32,34) . Of these, 50% originated in the state of São Paulo (9,10,24,32,34) with 30% from the city of São Paulo itself (9,10,24) . The other half was distributed between Rio de Janeiro (15,17,25) and Minas Gerais (12,21) .…”