Sala de emergência em pediatria: casuística de um hospital universitário

Abstract

OBJETIVO: Descrever a casuística de pacientes pediátricos atendidos em sala de emergência pediátrica de um hospital universitário. MÉTODOS: Estudo retrospectivo descritivo de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2004, com crianças de zero a 14 anos, avaliadas quanto a dados epidemiológicos, hipótese diagnóstica, intubação orotraqueal, óbito, destino e duração da internação. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: Não Óbitos; Óbitos <24 horas, Óbitos >24 horas e transferidos para outros hospitais. RESULTADOS: Foram atendidas 203 crianças; 59,1% meninos; média de idade 3,4 anos; 65% previamente hígidos. O diagnóstico mais freqüente foi insuficiência respiratória (31,1%). Dentre os 22 óbitos, 3,5% ocorreram nas primeiras 24 horas e 7,4% após estas primeiras 24 horas; 172 crianças (84,7%) evoluíram para alta após período médio de internação de 19,2 dias. Nove (4,4%) foram transferidas para outros hospitais. Das 203 crianças atendidas, 50 (24,6%) foram intubadas à admissão e 86 (42,4%) necessitaram internação em unidade de terapia intensiva pediátrica. CONCLUSÕES: Os pacientes que evoluíram para óbito precoce eram mais jovens e com diagnóstico de choque. Nos pacientes que evoluíram para óbito após 24 horas do atendimento inicial, predominaram meninas, com doenças prévias e insuficiência respiratória. Aqueles que sobreviveram ao atendimento de emergência eram, em maior freqüência, meninos mais velhos e com doenças respiratórias. Houve necessidade significativa de procedimento invasivo (intubação orotraqueal) e internação subseqüente em unidade de terapia intensiva, o que reforça a necessidade de equipamentos adequados e profissionais especializados no setor.

Perfil clínico e atuação fisioterapêutica em pacientes atendidos na emergência pediátrica de um hospital público de Goiás

“…Out of the total number of patients in this study, 19.1% needed orotracheal intubation and invasive ventilator support, similarly to what has been described by Riccetto et al 9 , who observed that 24.6% of the patients analyzed in their study needed intubation in the pediatric emergency room. This significant need for invasive procedures (orotracheal intubation) reinforces the importance of adequate equipment and specialized professionals.…”

“…Patients admitted to SERUPE were mostly from the male gender (53.2%), which is the same percentage as the one found in a study conducted by Caldeira et al 8 . Riccetto et al 9 identified that infants and preschoolers are more prone to severe conditions that may lead to hospital admission, such as in this study, in which 59.2% of the participants were younger than 5 years old, and, therefore, were in the same age group as the one in the previously mentioned study.…”

“…Among the patients assisted in the resuscitation room in SERUPE, 74.5% presented with previous diseases. Such prevalence is much higher than what has been reported by Riccetto et al 9 , who studied children from the pediatric emergency of a university hospital in the countryside of São Paulo, and found 35.0% of the patients with previous diseases.…”

Profile of children and teens attended in emergency according to the risk classification: a documental study

“…Another study described a series of children treated in the emergency room and found that 65% of patients were previously healthy and that the reason for the consultation was for treatment in medical clinic (1) .…”

“…The unnecessary search for hospital emergency, both in developed and developing countries such as Brazil, concerns poverty and the low level of maternal education in addition to the level of misinformation about the complexity of the treatment to be sought by parents or guardians face to the child's illness (1,2) .…”