Estudo da excreção urinária de cálcio, potássio e sódio com o emprego de citrato de potássio na hipercalciúria idiopática na criança

Abstract

OBJETIVO: Estudar as relações entre a excreção urinária de cálcio, sódio e potássio e a associação sódio/potássio urinários em crianças com hipercalciúria idiopática em dieta habitual, antes e depois da administração de citrato de potássio na dose de 1mEq/kg/dia. MÉTODOS: Foram estudadas prospectivamente 26 crianças: 19 (73%) meninos e sete (27%) meninas com idade entre dois e 13 anos, portadores de hipercalciúria idiopática recém-diagnosticada por dosagem de cálcio em urina de 24 horas >4mg/kg/dia. O citrato de potássio foi administrado na dose de 1mEq/kg/dia. Foram realizadas dosagens séricas e em urina de 24 horas de cálcio (Ca), potássio(K), sódio (Na) e creatinina (Cr), antes e 15 dias depois da administração diária do citrato de potássio. Para comparar os resultados de cálcio/creatinina (Ca/Cr), potássio/creatinina (K/Cr) e sódio/potássio (Na/K) urinários nos dois momentos, aplicou-se o teste não-paramétrico de Wilcoxon. Para a análise das associações entre Ca/Cr e K/Cr e entre Ca/Cr e Na/Cr foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. Considerou-se significante p<0,05. RESULTADOS: Após o uso de citrato de potássio, ocorreu significativa redução da calciúria e da relação Na/K urinários, bem como elevação na caliúria. Não houve modificação da excreção urinária de sódio. CONCLUSÕES: Em dieta habitual, o citrato de potássio eleva a caliúria e diminui a calciúria em criança hipercalciúricas, sendo um eficaz recurso terapêutico.

Novas evidências na abordagem terapêutica da Nefrolitíase em pacientes pediátricos: uma revisão integrativa

“…Entre os fatores que predispõem à formação desses cálculos em crianças estão as anormalidades metabólicas, responsáveis por até 50% dos casos de nefrolitíase em crianças, com destaque para a hipercalciúria (BARRETO; VIEIRA; NEVES, 2015;PERES et al, 2011;TRINDADE et al, 2007). Outras causas mencionadas na literatura que contribuem para a formação de cálculos nessa população são malformações anátomo-funcionais, alterações genéticas, nutricionais, condições ambientais e climáticas, além do uso de alguns medicamentos como antibióticos e anticonvulsivantes (REYES-CÁLIX et al, 2018).…”