2006
DOI: 10.1590/s0102-85292006000100004
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Identidade como fonte de conflito: Ucrânia e Rússia no pós-URSS

Abstract: Com o fim da URSS, as ex-repúblicas socialistas adquirem o status de países independentes e dão início à construção de uma nova ordem no leste da Europa. A instabilidade é esperada, pois a falência da autoridade central soviética introduz os novos países no reino da anarquia. Nesse sentido, a emergência de Estados soberanos traz à tona uma série de conflitos de interesses que permaneceram latentes durante o regime comunista e nos quais a Rússia está envolvida por causa de sua extensão territorial, o tamanho de… Show more

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“…Criou-se, então, um círculo vicioso responsável por alimentar a identidade anti-ocidental da Rússia (ARBATOV, 1993). Mas não foi só isso: identidades e interesses se retroalimentam (MIELNICZUK, 2006). O interesse prático do Ocidente em ocupar o vácuo geopolítico deixado pelo fim do Pacto de Varsóvia resultou na transformação da OTAN em uma aliança de ataque.…”
Section: A Debilidade Do Tratamento Teóricounclassified
“…Criou-se, então, um círculo vicioso responsável por alimentar a identidade anti-ocidental da Rússia (ARBATOV, 1993). Mas não foi só isso: identidades e interesses se retroalimentam (MIELNICZUK, 2006). O interesse prático do Ocidente em ocupar o vácuo geopolítico deixado pelo fim do Pacto de Varsóvia resultou na transformação da OTAN em uma aliança de ataque.…”
Section: A Debilidade Do Tratamento Teóricounclassified
“…Foram o caso de, em ordem alfabética, da Bielorrússia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Moldávia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão -além da Rússia, que também se transformou num novo Estado nacional e que permaneceu praticamente com a mesma extensão territorial da antiga Rússia, uma das então repúblicas soviéticas. Os diferentes governos que logo se sucederam à recriação do Estado russo nunca viram com bons olhos a expansão para o leste europeu da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma organização supranacional do chamado bloco capitalista ocidental criada em 1949 logo após o fim da Segunda, ainda num forte contexto de Guerra Fria, para estabelecer uma frente de cooperação militar transfronteiriça para seus Estados-membro (Piccolli, 2015;Lira Nascimento, 2008;Mielniczuk, 2006;Gaspar, 1995).…”
Section: Introductionunclassified
“…De todo modo, o crescente processo de ocidentalização de algumas das ex-repúblicas soviéticas foi-se estabelecendo no início do Século XXI sem grandes ameaças ou sem possibilidade de reação de Moscou, em função das fragilidades do Estado russo diante da nova ordem geopolítica mundial (Lira Nascimento, 2008;Mielniczuk, 2006). Neste ínterim, destacaram-se as entradas da Letônia, Lituânia e Estônia para a OTAN em 2004.…”
Section: Introductionunclassified
“…This was the case, in alphabetical order, from Belarus, Estonia, Georgia, Kazakhstan, Kyrgyzstan, Latvia, Lithuania, Moldova, Tajikistan, Turkmenistan, Ukraine and Uzbekistan -in addition to Russia, which also became a new national state and remained with practically the same territorial extension of former Russia, one of the then Soviet republics. The various governments that soon followed the recreation of the Russian State never welcomed the expansion into Eastern Europe of the North Atlantic Treaty Organization (NATO), a supranational organization of the so-called Western capitalist bloc created in 1949 shortly after the end of the Second, still in a strong Cold War context, to establish a front of cross-border military cooperation for its member states (Piccolli, 2015;Lira Nascimento, 2008;Mielniczuk, 2006;Gaspar, 1995).…”
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“…In any case, the growing process of westernization of some of the former Soviet republics was established at the beginning of the 21st century without major threats or without the possibility of a reaction from Moscow, due to the weaknesses of the Russian State in the face of the new global geopolitical order (Lira Nascimento, 2008;Mielniczuk, 2006). Meanwhile, Latvia, Lithuania and Estonia entered NATO in 2004.…”
mentioning
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