2011
DOI: 10.1590/s0102-79722011000300014
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A organização do autoconceito: análise da estrutura hierárquica em adolescentes

Abstract: ResumoEste estudo tem como objectivo principal a análise da estrutura hierárquica do autoconceito em adolescentes e, adicionalmente, a comparação dessa estrutura em alunos com e sem repetência no seu passado escolar. Participaram no estudo 943 alunos portugueses do 7º, 9º e 11º ano de escolaridade, que responderam a uma escala de autoconceito e de auto-estima. Os resultados obtidos sustentam a ideia de uma organização hierárquica do autoconceito e um modelo que subdivide o autoconceito em quatro factores de or… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1

Citation Types

0
2
0
16

Year Published

2014
2014
2022
2022

Publication Types

Select...
7

Relationship

2
5

Authors

Journals

citations
Cited by 13 publications
(18 citation statements)
references
References 40 publications
(53 reference statements)
0
2
0
16
Order By: Relevance
“…Nesse sentido, são de salientar a investigação realizada por Marsh e Shavelson (1985) destinada a avaliar o autoconceito em sete dimensões de primeira ordem (aparência física, habilidades físicas, relações entre pares, relações com os pais, leitura, matemática e escola), através da aplicação do "Self Description Questionnaire" (SDQ) a crianças e adolescentes. Os resultados dessa investigação revelaram que o autoconceito em relação à leitura e à matemática não estavam correlacionados, o que impedia a sua incorporação num único fator de autoconceito académico, como originalmente descrito por Shavelson et al (1976), o que levou os autores a propor um modelo revisto, conhecido como o modelo Marsh-Shavelson, igualmente ordenado de forma hierárquica, mas com uma hierarquia mais complexa, onde a dimensão académica do autoconceito passou a ser representadas por duas dimensões de ordem superior (autoconceito académico verbal e autoconceito académico matemático) (Marsh & Shavelson, 1985;Peixoto & Almeida, 2011;Veiga, 2012) e um autoconceito geral, de terceira ordem.…”
Section: Atitudes Face a Si Próprio: Conceptualização E Avaliaçãounclassified
See 1 more Smart Citation
“…Nesse sentido, são de salientar a investigação realizada por Marsh e Shavelson (1985) destinada a avaliar o autoconceito em sete dimensões de primeira ordem (aparência física, habilidades físicas, relações entre pares, relações com os pais, leitura, matemática e escola), através da aplicação do "Self Description Questionnaire" (SDQ) a crianças e adolescentes. Os resultados dessa investigação revelaram que o autoconceito em relação à leitura e à matemática não estavam correlacionados, o que impedia a sua incorporação num único fator de autoconceito académico, como originalmente descrito por Shavelson et al (1976), o que levou os autores a propor um modelo revisto, conhecido como o modelo Marsh-Shavelson, igualmente ordenado de forma hierárquica, mas com uma hierarquia mais complexa, onde a dimensão académica do autoconceito passou a ser representadas por duas dimensões de ordem superior (autoconceito académico verbal e autoconceito académico matemático) (Marsh & Shavelson, 1985;Peixoto & Almeida, 2011;Veiga, 2012) e um autoconceito geral, de terceira ordem.…”
Section: Atitudes Face a Si Próprio: Conceptualização E Avaliaçãounclassified
“…Daí a importância do seu estudo e das condições pessoais e sociais que podem desencadear essa mudança, bem como o estudo dos eventuais efeitos que possam ter noutras dimensões da personalidade. Vários autores salientam que o autoconceito é um importante fator a ter em consideração no estudo da psicologia dos adolescentes, dado que a promoção do autoconceito está associada a benefícios académicos, sociais e comportamentais, como o aumento do envolvimento escolar e do desempenho escolar e o ajustamento psicossocial na adolescência (Agrawal & Teotia, 2015;Craven & Marsh, 2008;Fuentes, García, Gracia & Alarcón, 2015;Fuentes, García, Gracia & Lila, 2011;Marsh & Craven, 2006;Peixoto & Almeida, 2011;Rodríguez-Fernández, Droguett & Revuelta, 2012;Veiga, 1989;Veiga, García, Reeve, Wentzel, & García, 2015).…”
Section: Introductionunclassified
“…Mais recentemente, Peixoto e Almeida [25], ao analisarem a estrutura hierárquica do autoconceito em adolescentes, apresentam um modelo que o subdivide em quatro fatores de ordem superior: autoconceito de apresentação, autoconceito social, autoconceito académico verbal e autoconceito académico matemático. Este estudo vai ao encontro da proposta de Byrne [15], quando insiste na necessidade de um esforço teórico, no sentido de conhecer aprofundadamente as propriedades estruturais do autoconceito, assim como das suas relações com outras variáveis.…”
Section: Introductionunclassified
“…De acordo com Peixoto e Almeida (1999) o autoconceito é entendido como um conjunto de cognições que o sujeito vai elaborando, sobre si próprio, relativamente ao seu desempenho nos diferentes contextos, tarefas e situações especificas em que está envolvido e evolui, possuindo, por conseguinte, uma estrutura multidimensional, considerada igualmente uma variável mediadora associada ao rendimento académico, desempenho desportivo ou adaptação profissional (Peixoto & Almeida, 2011), possuindo um carácter preditivo quanto à realização dos indivíduos nos diversos contextos da sua vida, nomeadamente, bemestar subjectivo, aparência e relações interpessoais (Gaspar, Pais, Matos, Leal, & Aristides, 2010).…”
unclassified
“…De acordo com Peixoto (2003) e Peixoto e Almeida (1999;2011), a auto-estima e os diferentes elementos do autoconceito não são idênticos nem intermutáveis, considerando-as entidades psicológicas diferenciadas; a auto-estima relacionada com auto-avaliações mais descontextualizadas resultantes da avaliação global dos sujeitos sobre as suas qualidades e possuindo uma forte componente afectiva, ao invés do autoconceito, dizendo respeito a avaliações de cariz cognitivo, com uma estrutura multidimensional organizada de forma hierárquica, relativamente estável e contextualizada, estruturado em três fatores próximos dos propostos por Song e Hattie (1984) Peixoto (2003, p. 36) defende a existência de relações estreitas entre a auto-estima e os conteúdos do autoconceito, uma vez que "níveis superiores de auto-estima remetem, geralmente, para autoconceitos mais positivos".…”
unclassified