Temperamento: características e determinação genética

Abstract

ResumoEste estudo investigou características temperamentais de uma amostra de crianças de 7 a 14 anos, verificando inclusive a influência exercida pela genética na determinação do temperamento. Uma amostra de 26 pais forneceu dados sobre o temperamento de 26 pares de gêmeos (15 monozigóticos, 11 dizigóticos), os quais totalizavam 52 sujeitos. Para coleta de dados foi utilizada a Escala Pavlovian Temperament Survey, versão infantil, que investiga três fatores de temperamento: Força de Excitação (FE), Força de Inibição (FI) e Mobilidade (MO). Resultados obtidos indicaram que a partir da percepção dos pais, esta amostra de sujeitos possuía como característica predominante de temperamento a mobilidade. Análise de variância (MANOVA) indicou que as características temperamentais variavam quando consideradas as variáveis sexo e faixa etária. Considerando-se a gemealidade, correlações obtidas entre pares de gêmeos monozigóticos e dizigóticos evidenciaram a influência exercida pela genética na determinação dos três fatores de temperamento. AbstractThis study investigated the temperament characteristics of a sample of children from 7 to 14 years old, verifying the influence of genetics in the determination of temperament. A sample of 26 parents provided data about temperament of 26 pairs of twins (15 monozigotic, 11 dizigotic), totalizing 52 subjects. For the data gathering, the Pavlovian Temperament Survey PTS, child version was used, which investigates three temperament factors: Strength of Excitation (SE), Strength of Inhibition (SI) and Mobility (MO). The results showed that, from parents perception, this sample had mobility as the predominant temperament characteristic. Analysis of variance (MANOVA) indicated that temperament characteristics varied when considering variables such as sex and age group. The correlation obtained from pairs of monozigotic and dizigotic twins made evident the influence of genetic determination on the three factors.

Female lens in urban mobility: technology-use behavior and individual differences

“…The questionnaire captured the individual characteristics of each participant. Individual differences can be measured in different ways (Ito and Guzzo, 2002), some of which include the empathy scale (Davis, 1983), the emotional expressivity scale (Kring et al, 1994), the need for touch scale (Peck and Childers, 2003), the social comparison orientation scale (Gibbons and Buunk, 1999), the emotional contagion scale (Doherty, 1997) and the identity orientation scale (Cheek et al, 2002). The researchers opted for the identity orientation (Aspects of Identity Questionnaire (AIQ) IV) scale because it has a psychosocial approach and consider different perspectives of identity (personal, relational, social and collective).…”

Construção e validação do Inventário de Estilos de Temperamento do Professor (ietp)

“…Embora indique a predisposição de ação, não há como afirmar que pessoas, acontecimentos e estímulos possam desencadear as mesmas respostas em um indivíduo (Lee, Oakland, & Ahn, 2010;Wechsler et al, 2014). Isto porque os comportamentos resultam da integração entre a história de vida de cada ser humano e fatores que modificam o significado e a valoração dos estímulos percebidos em um determinado momento, tais como as influências ambientais, motivações e habilidades pessoais (Ito & Guzzo, 2002;Klein & Linhares, 2007;Pinho, 2005;Quintana & Muñoz, 2010), não sendo vistos como um estilo permanente da pessoa. Considerando a maturação do organismo, estas alterações também podem ocorrer devido à plasticidade do cérebro em gerar ou manter conexões neurais, provocando uma mudança qualitativa do temperamento ao longo do tempo (Joyce, 2010).…”