Piaget e a consciência moral: um kantismo evolutivo?

Freitas, Lia Beatriz de Lucca

doi:10.1590/s0102-79722002000200008

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“…A influência da obra de Imannuel Kant na Epistemologia Genética de Jean Piaget tem sido salientada por diferentes autores (Biaggio, 1999;Boto, 2001;Freitas, 2002;Ramozzi-Chiarottino, 1988.…”

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“…De acordo com Freitas (1999Freitas ( , 2002, Ramozzi-Chiarottino (1988) e Wadsworth (1997) Piaget tinha como projeto construir uma teoria do conhecimento considerando os aspectos da moralidade. Para ele, ao estudar a evolução biológica do ser humano, seria impossível não descobrir também como se constitui a moral humana (Freitas, 2002).…”

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“…Para ele, ao estudar a evolução biológica do ser humano, seria impossível não descobrir também como se constitui a moral humana (Freitas, 2002). Ramozzi-Chiarottino (1994), por exemplo, nos apresenta uma passagem escrita pelo próprio Piaget em um dos seus artigos autobiográficos, no qual ele mesmo caracteriza sua obra como um "kantismo evolutivo".…”

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“…Ramozzi-Chiarottino (1994), por exemplo, nos apresenta uma passagem escrita pelo próprio Piaget em um dos seus artigos autobiográficos, no qual ele mesmo caracteriza sua obra como um "kantismo evolutivo". Freitas (2002) também se refere a esse termo. Segundo Ramozzi-Chiarottino (1988 pode-se compreender a obra piagetiana como um retorno à tese kantiana que se esclarecerá graças à biologia e ao seu entendimento do Homem como um animal simbólico.…”

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“…Ao construir uma teoria científica do desenvolvimento moral Piaget vê na compreensão dos jogos de regras um campo propício para estudar uma das dimensões do desenvolvimento moral: a heteronomia versus a autonomia, uma vez que mantém a tese de Kant de que há duas morais (Biaggio, 1999;Freitas, 2002). Para ambos os autores apenas a autonomia é efetivamente a lei moral, mas enquanto para Kant a heteronomia contraria o princípio da moralidade apresentando-se como uma falsa liberdade, pois a vontade não se dá por ela mesma (Kant, 1788(Kant, /2002), Piaget levanta a hipótese de que a heteronomia é sucedida pela autonomia (Piaget, /1994.…”

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Constituição das regras e o desenvolvimento moral na teoria de piaget: uma reflexão Kantiana

Queiroz¹,

Ronchi²,

Tokumaru³

2009

Psicol. Reflex. Crit.

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ResumoOs jogos de regras possuem complexos sistemas de regras expressos em relações sócio-culturais, favorecendo, segundo Piaget, o estudo da autonomia versus heteronomia, uma das dimensões do desenvolvimento moral. Nosso objetivo foi analisar a importância da constituição das regras para Piaget, examinando apropriações que ele faz de termos kantianos, proporcionando uma reflexão sobre termos que têm sido empregados diferentemente dos seus significados filosóficos originais. Observamos que a diferenciação entre duas morais, e a concepção de respeito, fundamental para o entendimento desta diferenciação, são pressupostos kantianos utilizados por Piaget. Concluímos que o entendimento do desenvolvimento moral na teoria piagetiana se evidencia quando precisamos alguns termos nos escritos kantianos. Palavras-chave: Piaget; Kant; desenvolvimento moral; jogos de regra. AbstractThe games of rules have complex systems of rules expressed in socio-cultural relations favoring, according to Piaget, the study of autonomy versus heteronomy -a dimension of the moral development. Our aim was to analyze the importance of the rules' constitution for Piaget, examining his appropriations of Kantian terms, providing a reflection on terms that have been differently used from their original philosophical meanings. We observed that the differentiation between the two moral systems and the conception of respect are Kantian presuppositions used by Piaget. We concluded that the understanding of the moral development in the Piagetian theory became evident when terms in the Kantian writings are specified.

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Constituição das regras e o desenvolvimento moral na teoria de piaget: uma reflexão Kantiana

Queiroz¹,

Ronchi²,

Tokumaru³

2009

Psicol. Reflex. Crit.

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Ecology of Meanings: A Critical Constructivist Communication Model

Campos

2007

Commun Theory

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Ecology of meanings is proposed as a theoretical model to explain communication processes. It is a critical constructivist approach that integrates the model of exchange values by Jean Piaget and the communication model of schematization by Jean-Blaise Grize, and explores a research path envisaged by Jürgen Habermas in the theory of communicative action. The model leads to an understanding of communication science as a transversal discipline that crosses all others; that is, both psychological and social, and that accounts for universal and necessary as well as particular and contingent knowledge. In this article, the model and potential contributions are explained.The objective of this article is to propose ecology of meanings, a model to explain communication processes. In biology, ecologies are understood as interacting organic systems opened to the environment, functioning dynamically, and permanently in the search for equilibrium. Trials to understand the human cognitive and affective mechanisms of transmitting and interpreting information, and building knowledge along the evolution of the species, have generated conflicting views among scientists with regards to the relationship between culture and nature. Some scientists, mostly from the human sciences, assume that culture and nature follow entirely independent paths, whereas others such as Freud (1930Freud ( /1981 consider culture dependent on and/or subordinated to nature. The general belief that nature and culture are largely unrelated, and that culture is disconnected from human ontogenesis and phylogenesis, is subjacent to most communication theories. In this article, I introduce the model of ecology of meanings as an alternative view of the communication process relating human nature (cognition and affectivity) and culture (ethics and politics). Craig (1999) once praised the idea that communication scholars would contribute more to communication studies by moving to interdisciplinary studies such as biology. Cappella (1991), for example, suggested that some patterns of human interaction have a biological origin. Pragmatists such as Kelly (1955), Sperber and Wilson (1986) highlighted the importance of cognitive processes from the perspective of

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