O artigo descreve as representações sociais dos estudantes do 9° ano sobre a indisciplina escolar. Os aportes teóricos utilizados foram as representações sociais (Moscovici, 2012), minorias ativas (Moscovici, 2011) e o desenvolvimento moral (Piaget, 1994). A metodologia quanti-qualitativa, com uso do software Alceste e posterior análise de conteúdo. As informações foram coletadas em duas etapas: a) entrevista (N=45) a estudantes de três colégios estaduais públicos da cidade de Ponta Grossa-PR; b) entrevista (N=07) a estudantes que se destacaram com características de minorias ativas do total de entrevistados, ambas seguindo roteiro com triagens hierárquicas sucessivas mediada por cartões relatando situações de indisciplina. Os resultados apontam que as minorias ativas apresentam estilos de comportamento de resistência, representações sociais que denunciam às normativas escolares e o status quo. As representações sociais das minorias ativas, alicerçadas na contestação e na resistência, pressupõem barreiras ao avanço do poder majoritário, quando questionam e insistem em mudanças no meio escolar, solicitando maior participação dos estudantes na constituição e aprimoramento das regras.