Desastres naturais: perdas e reações psicológicas de vítimas de enchente em Teresina-PI

Abstract

A discussão acerca dos desastres vem ganhando destaque no noticiário mundial. No Brasil, essa situação vem causando intensa preocupação em virtude das perdas e graves consequências de tal acontecimento. Atentos ao cenário nacional, comprometidos socialmente, psicólogos discutem essa temática, buscando sistematizar intervenções para oferecer suporte emocional às vítimas de desastres. Em Teresina, as enchentes de 2009 inundaram muitos pontos da cidade, trazendo prejuízos aos moradores dos bairros mais afetados. Diante disso, objetivou-se investigar quais as perdas vivenciadas e as consequentes reações psicológicas de vítimas da enchente ocorrida no ano de 2009. Propôs-se, também, a pontuar os dispositivos subjetivos criados pelos membros comunitários para enfrentamento da crise e de suas consequentes perdas. Os conteúdos emergentes na pesquisa sugerem maior atenção à saúde mental de pessoas atingidas por desastres, bem como a necessidade de mais pesquisas na área para respaldar as intervenções realizadas neste contexto.

Desastres no Brasil e no mundo

“…Para o Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres, "a educação pode ser um instrumento de construção do conhecimento, de habilidades e atitudes necessárias para se preparar e lidar com desastres, bem como para ajudar os alunos e a comunidade a voltar a uma vida normal" (SELBY;KAGAWA, 2012, p. 4). Segundo dados levantados por Selby e Kagawa(2012), os ganhos com educação se contrapõem aos danos e às perdas de ambientes escolares. Com a interrupção prolongada das atividades educativas, as crianças e os jovens da educação sofrem danos "irreparáveis" em seus percursos formativos e escolares (SELBY;KAGAWA, 2012).O relatório organizado por Selby e Kagawa(2012) apresenta um mapeamento de países que incluíram "elementos de redução de risco de desastres em seu sistema de ensino, detalha as experiências nacionais, cita os principais desafios em países onde a redução de risco de desastres é menos prioritária ou onde não existe um treinamento específico para os professores" (SELBY;KAGAWA, 2012, p. 4).…”

“…Segundo dados levantados por Selby e Kagawa(2012), os ganhos com educação se contrapõem aos danos e às perdas de ambientes escolares. Com a interrupção prolongada das atividades educativas, as crianças e os jovens da educação sofrem danos "irreparáveis" em seus percursos formativos e escolares (SELBY;KAGAWA, 2012).O relatório organizado por Selby e Kagawa(2012) apresenta um mapeamento de países que incluíram "elementos de redução de risco de desastres em seu sistema de ensino, detalha as experiências nacionais, cita os principais desafios em países onde a redução de risco de desastres é menos prioritária ou onde não existe um treinamento específico para os professores" (SELBY;KAGAWA, 2012, p. 4). O mapeamento indicou ações para a integração global da Redução de Riscos de Desastres (RRD) e buscou identificar as principais experiências nacionais na integração da RRD no currículo das escolas.…”