2010
DOI: 10.1590/s0102-71822010000300005
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Movimento de mulheres negras: trajetória política, práticas mobilizatórias e articulações com o Estado brasileiro

Abstract: RESUMOO presente artigo analisa a trajetória e consolidação do Movimento de Mulheres Negras (MMN) na cena pública brasileira ao longo dos últimos trinta anos. Através de entrevistas com militantes pioneiras e participantes desse movimento social bem como de levantamento de fontes documentais, o estudo teve o intuito de compreender quais processos subjazem a constituição desse novo sujeito coletivo, seus dilemas e redes de solidariedade com outros movimentos sociais, o lugar das hierarquias de gênero e raça em … Show more

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“…No interior dessas e de outras tensões, que envolviam principalmente mulheres negras e lésbicas (GONZALEZ, 1988;MÍCCOLIS;DANIEL, 1983), o feminismo consolidava aquele que, duas décadas depois, seria considerado o seu maior patrimônio político: a categoria de representação mulher (COSTA, 1998) Apesar da dominância da reivindicação da categoria mulher, importantes intelectuais e ativistas negras e lésbicas disputavam o campo feminista nos anos 1980. Embora a leitura, a posteriori, aponte o "centramento" como resultante desses processos de disputa, aqui, como no caso do movimento homossexual e, com menor intensidade, do movimento negro, considerar tais tensões é importante para entender as participações e escritos daquele contexto, tanto quanto os desdobramentos posteriores em torno de sujeitos políticos como mulheres negras, lésbicas, negros(as) LGBTI (MACRAE, 1990;PRADO, 2010).…”
Section: Processos De Centramento Tensões E Articulaçõesunclassified
“…No interior dessas e de outras tensões, que envolviam principalmente mulheres negras e lésbicas (GONZALEZ, 1988;MÍCCOLIS;DANIEL, 1983), o feminismo consolidava aquele que, duas décadas depois, seria considerado o seu maior patrimônio político: a categoria de representação mulher (COSTA, 1998) Apesar da dominância da reivindicação da categoria mulher, importantes intelectuais e ativistas negras e lésbicas disputavam o campo feminista nos anos 1980. Embora a leitura, a posteriori, aponte o "centramento" como resultante desses processos de disputa, aqui, como no caso do movimento homossexual e, com menor intensidade, do movimento negro, considerar tais tensões é importante para entender as participações e escritos daquele contexto, tanto quanto os desdobramentos posteriores em torno de sujeitos políticos como mulheres negras, lésbicas, negros(as) LGBTI (MACRAE, 1990;PRADO, 2010).…”
Section: Processos De Centramento Tensões E Articulaçõesunclassified
“…Neste aspeto, também no Brasil persiste a ideia de que os/as jovens são apáticos/as e pouco participativos/as sobretudo em domínios políticos convencionais (Carrano, 2012;IBASE/PÓLIS, 2005). No entanto, vários estudos, realizados no Brasil, revelam como os movimentos sociais têm contribuído para novas formas e potencialidades de transformação e renovação social (e.g., Prado, Machado, & Carmona, 2009;Rodrigues & Prado, 2010). Da mesma forma, verifica-se uma expansão do político (Prado, 2005), que se traduz no reconhecimento de formas e dimensões da participação, não formais e não institucionalizadas.…”
Section: Das Oportunidades Políticas à Participaçãounclassified
“…This period is known as one of 're-democratization', especially in the 1980s during the mobilizations for constitutional reforms (Rios, 2017). It is important to note at the outset that this movement emerged in dialogue with both the Black movement and the feminist movement (Rodrigues & Prado, 2010) within an activism network that shared action repertoires, even if we find innovations in the political language of Black feminism (Tarrow, 2013).…”
Section: Introductionmentioning
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