“…No interior dessas e de outras tensões, que envolviam principalmente mulheres negras e lésbicas (GONZALEZ, 1988;MÍCCOLIS;DANIEL, 1983), o feminismo consolidava aquele que, duas décadas depois, seria considerado o seu maior patrimônio político: a categoria de representação mulher (COSTA, 1998) Apesar da dominância da reivindicação da categoria mulher, importantes intelectuais e ativistas negras e lésbicas disputavam o campo feminista nos anos 1980. Embora a leitura, a posteriori, aponte o "centramento" como resultante desses processos de disputa, aqui, como no caso do movimento homossexual e, com menor intensidade, do movimento negro, considerar tais tensões é importante para entender as participações e escritos daquele contexto, tanto quanto os desdobramentos posteriores em torno de sujeitos políticos como mulheres negras, lésbicas, negros(as) LGBTI (MACRAE, 1990;PRADO, 2010).…”