“…Pesquisas nacionais desenvolvidas com estudantes do ensino médio público e privado evidenciam o privilegiamento conferido ao trabalho e à condição de estabilidade financeira-emocional no projeto de vida futura (Sarriera, Silva, Kabbas & Lopes, 2001;Paredes & Pecora, 2004;Coutinho, Insfrán, Peixoto, Gomes, Backes, Carvalho, et al, 2005;Nascimento, 2006;Zonta, 2007;Valore & Viaro, 2007;Marcelino, Catão, & Lima, 2009;Graf & Diogo, 2009). Quer mostrada como oportunidade de melhoria de vida e de ascensão social (especialmente no discurso de jovens provenientes da escola pública), quer encenada como possibilidade de realização pessoal (com menor frequência e, quando enunciada, majoritariamente por alunos da rede remete a uma "visão particularizante, que considera cada situação como singular, peculiar" (Bohoslavsky, 1991, p. 37), sem ser de cunho individual, posto que considera a singularidade como algo que se constitui em meio a relações sociais; 2) no processo anteriormente mencionado a presença do orientador, ou melhor, sua subjetividade, altera o campo de observação; i. é: tal subjetividade não deve ser excluída dos resultados obtidos, ao contrário, ela contribui para a sua produção; 3) a orientação profissional insere-se numa dimensão ética.…”