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Uma revolução conservadora dosintelectuais (Brasil/2002(Brasil/ -2016 Lidiane Soares Rodrigues 1 Quanto mais grosseiras são as produções do espírito estudadas pela Sociologia, tanto mais finos precisam tornar-se os procedimentos que visam dar conta dos efeitos de tais fenômenos. (Theodor Adorno) Apesar da ditadura de direita, há relativa hegemonia cultural de esquerda no país. (Roberto Schwarz) Resumo Desde 2002, um mercado de reações às gestões presidenciais petistas estabeleceu-se, tanto por meio dos suportes das mídias convencionais mescladas às ultra contemporâneas quanto da produção social de intelectuais duplamente híbridos: trata-se de jornalistas-professores e de professores-jornalistas. Este artigo pretende caracterizar a dinâmica das trocas estabelecida entre os agentes desse mercado. O foco incidirá sobre Olavo de Carvalho; Demétrio Magnoli; Marco Antonio Villa; Reinaldo Azevedo; Luiz Felipe Pondé; Rodrigo Constantino; Leandro Karnal. A análise se desenvolverá em três movimentos: apresentará as classificações, os enquadramentos e algumas demandas que eles têm recebido por parte de adversários, contratantes e clientelas. Em seguida, realizará a sociogênese do espaço e dos agentes, resultantes da estruturação do sistema nacional ensino e de pesquisa, assim como da indústria cultural, ocorridos desde os anos 1970, a fim de caracterizar o princípio gerador de suas tomadas de posição políticas e culturais. Por fim, discutirá o enquadramento sociológico adotado. Palavras-chave: Campo intelectual. Mercado de trocas simbólicas. Mídias. Indústria Cultural."-