“…Neste período, muitos declararam "boas-vindas à poluição", confiantes na visão de uma natureza quase inesgotável, da qual poderiam usufruir sem cuidados. O confronto entre as perspectivas dos países desenvolvidos com os países em desenvolvimento marcou de forma importante a conferência, cujos primeiros de alguma forma prezavam pela conservação dos recursos naturais e genéticos do planeta, assegurando que medidas preventivas deveriam ser implementadas para que se evitasse o caos ambiental (Bursztyn;Persegona, 2008). Concomitante ao avanço da contaminação ambiental, a postura do governo brasileiro no evento em Estocolmo, que defendeu a priorização do "desenvolvimento" em detrimento do uso sustentável dos recursos naturais, colaborou para justificar a falta de controle de emissões pelas indústrias instaladas no país, atribuindo impotência às ações que vinham sendo articuladas por engenheiros sanitários e agentes de saúde, com a assistência da Redpanaire na montagem de laboratórios e estações medidoras de emissões (Duarte, 2015).…”