Estudo de alcalóides de Pilocarpus pennatifolius Lemaire

Abstract

Revista Brasileira de Farmacognosia 2002particularmente na última década, resultaram na queda de produtividade e do teor médio de pilocarpina 7 . A escassez das folhas de P. microphyllus e a queda do teor médio de pilocarpina tornam necessária a procura de espécies relacionadas, que possam substituir o P. microphyllus como matéria-prima na obtenção da pilocarpina.Uma das espécies botanicamente próxima a P. microphyllus é a P. pennatifoluis Lem. As suas folhas contêm pilocarpina e alcalóides secundários, entre os quais a isopilocarpina, esta inativa farmacologicamente 2 . Esta espécie nunca foi investigada quanto ao teor de pilocarpina e os seus alcalóides secundários (exceto a isopilocarpina) nunca foram identificados. A área de ocorrência de P. pennatifolius compreende os estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul 7 . A determinação dos teores de pilocarpina e da natureza dos alcalóides secundários poderá converter esta espécie em substituto da espécie P. microphyllus na exploração industrial. Considerando a demanda reprimida de pilocarpina no mercado mundial, o aproveitamento de P. pennatifolius poderá resultar no incremento das importações da pilocarpina e consequente aumento da entrada de divisas no País.Os resultados obtidos mostram um teor médio de alcalóides totais variando de 0,4 a 0,5 % calculados sobre o peso de folhas secas. O teor de pilocarpina varia entre 0,2 e 0,28 % (Tabela 1). Os cromatogramas mostram presença de diversos alcalóides secundários, com Rf inferior ao da pilocarpina. Não se pode estabelecer relação entre o teor de pilocarpina e alcalóides totais e os estágios de desenvolvimento da planta. Os resultados obtidos mostram que dificilmente a espécie P. pennatifolius constituirá um substituto do P. microphyllus como matéria-prima para a extração de pilocarpina, visto que o teor da mesma em P. microphyllus chega a ultrapassar 1,0 %. A presença de diversas manchas de alcalóides secundários recomenda continuação do trabalho de isolamento e determinação de estruturas para a complementação da informação bibliográfica. Material e métodosMaterial vegetal: As folhas secas de Pilocarpus pennatifolius Lem. foram colhidas na região de San Jorge -Puerto Bossetti (Argentina). Foram utilizadas folhas colhidas dos pés em vários estágios de desenvolvimento. Determinação de alcalóides totais:Cinco gramas (g) de folhas secas foram extraídas com diclorometano , com agitação por 5 min. Em seguida, adicionaram-se hidróxido de amônio 5% e agitou-se por 30 min. Filtrou-se a mistura numa solução de ácido sulfúrico a 5%. Após agitação, a fase orgânica foi transferida para uma solução de ácido sulfúrico 2,5%. As aquosas ácidas foram reunidas e extraídas com diclorometano. A fase ácida foi neutralizada com hidróxido de amônio (pH 9 ,0). A fase orgânica foi evaporada em placa aquecedora. Ao final da evaporação foram retirados 2,0 µl da solução para a análise por CCF contra o padrão de cloridrato de pilocarpina. O Estudo de alcalóides de ResumoO gênero Pilocarpus da Família das Rutácea...

Screening species of Pilocarpus (Rutaceae) as sources of pilocarpine and other imidazole alkaloids

“…For P. microphyllus the alkaloid content of air dried leaves was said to be of roughly 1% (Pinheiro 1997) and the pilocarpine content of fresh leaves was below 0.03% (Sandhu et al 2006). The dried leaves of P. pennatifolius were reported to have 0.5% of alkaloids or 0.2% of pilocarpine (Lucio et al 2002). Total alkaloid contents was quite similar for the species analyzed, with significant differences in results (PB 0.05) found only between PmM and samples Ps, Pt, Pp, and Pj; the difference between Ps and Pr was also significant ( Table 1).…”

“…At high doses it is a stimulant of the parasympathetic system, similar to pilocarpine. However, its DL 50 is twice that of pilocarpine, indicating that it is less toxic (Lucio et al 2002). Other, non-imidazole, alkaloids have also been found in this genus and show hallucinogenic and antifungal activity (Santos and Moreno 2004).…”

Effects of the essential oil obtained from Pilocarpus spicatus Saint-Hilaire (Rutaceae) on the development of Rhodnius prolixus nymphae

“…Unfortunately, despite many essential oils have been extracted and analyzed, and a number of components identifi ed, little is know about their useful biological activities (Lahiou, 2004). Thus, chemical substances such as episesamin, hesperidin, pilocarpin, imidazole, 2-tridecadone, alpha-cadinol, spathulenol, eugenol, and classes of metabolites such as fl avonoids, terpenoids, coumarins, alkaloids and others have been described for different species of the genus Pilocarpus (Craveiro et al, 1979;Amaro Luis et al, 1990;Andrade-Neto et al, 1996Bertrand et al, 2001, Lúcio et al, 2002Santos et al, 2004) and deserve biological screening. Specially, volatile constituents of P. spicatus essential oil, such as aliphatic ketones have been recently described but, without data about their biological effects (Andrade-Neto et al, 2002).…”

Prospecção fitoquímica e avaliação do potencial antioxidante de Cnidoscolus phyllacanthus (müll. Arg.) Pax & k.hoffm. Oriundo de apodi – RN

“…O resultado mostra que a partes da faveleira, como os galhos e as raízes são boas fontes de alcalóides, compostos com inúmeras atividades biológicas e farmacológicas amplamente descritas na literatura. Vale ressaltar que a raiz da faveleira apresentou teor de alcalóides superior aos descritos por Lúcio et al (2002) em seu estudo utilizando Pilocarpus pennatifolius (com máximo de 0,53 %), reconhecida pela presença de diversos alcaloides, dentre eles a pilocarpina, utilizada no tratamento de glaucoma.…”

“…A determinação dos teores de Alcalóides totais (AT) foi realizada de acordo com Lúcio et al (2002) com modificações. Cinco gramas (g) de material vegetal (folhas, galhos e raiz) foram extraídos com diclorometano, com agitação por 24 horas.…”