2006
DOI: 10.1590/s0102-69092006000200005
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Utopias do pós-socialismo: esboços e projetos de reorganização radical da sociedade

Abstract: Segundo uma perspectiva que já faz parte do senso comum, vivemos uma época de fim das utopias. O colapso do chamado "socialismo real", emblematizado pela queda do muro de Berlim, há quinze anos, deu força à idéia de que não existe no horizonte nenhuma alternativa viável ao capitalismo. Em suas diferentes variedades, unido a alguma forma de democracia eleitoral, ele seria uma condição inextirpável do mundo moderno. A esquerda voltou suas atenções para propostas de aprimoramento do convívio político, sob rótulos… Show more

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“…A conclusão é de que, dentro dessa dinâmica do capitalismo, se por um lado a abundância é necessária para o socialismo, por outro, nunca será satisfeita -além de que não é tão trivial que a pauperização acabe engendrando uma revolução. 15 Com efeito, se é justamente esse (14) No trabalho de Miguel (2006) é feita uma interessante resenha sobre o projeto de Gorz e diversas alternativas e utopias pós-socialistas.…”
Section: Determinismo E Transiçãounclassified
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“…A conclusão é de que, dentro dessa dinâmica do capitalismo, se por um lado a abundância é necessária para o socialismo, por outro, nunca será satisfeita -além de que não é tão trivial que a pauperização acabe engendrando uma revolução. 15 Com efeito, se é justamente esse (14) No trabalho de Miguel (2006) é feita uma interessante resenha sobre o projeto de Gorz e diversas alternativas e utopias pós-socialistas.…”
Section: Determinismo E Transiçãounclassified
“…O erro vem desde a geração de economistas pós-Adam Smith que, com o conceito de divisão do trabalho e da ação pelo autointeresse que tenderia a levar o homem a um estado natural de troca, desviaram todo o interesse histórico da economia e marcaram as análises (ou a falta destas) sobre o homem primitivo, que (17) Aparentemente, as propostas de renda básica, como aquela defendida por Van Parijs (1994), romperiam a ideologia do trabalho ao permitir a escolha do indivíduo em não trabalhar -oferecendo uma renda básica para todos os cidadãos desde o nascimento. Contudo, tais projetos, embora tenham seu mérito, não rompem (aliás, são perfeitamente compatíveis) com a monetarização das relações sociais e não contribuem para a geração de uma nova solidariedade, a qual poderia superar o individualismo da sociedade capitalista, como mostra A. Gorz (Miguel, 2006). Assim, torna-se desapontador o fato de que a proposta de liberdade de Van Parjis ("a liberdade real de levar a própria vida da forma como se desejar") não difere da concepção utilitarista do homem (na máxima benthaniana, "cada indivíduo é o melhor juiz do seu próprio interesse"), desconsiderando a forma como desejos e vontades humanas são formados socialmente.…”
Section: Da Aceitação à Recusa Da Lei Do Valorunclassified
“…Sua inferioridade como forma de alocação de recursos é ressaltada com freqüência, com auxílio de uma literatura próxima, que assinala a irracionalidade inerente aos processos de decisão pelo voto(Riker, 1982). As decisões democráticas ferem o dogma da liberdade individual, pois são impostas a todos, mesmo aos que discordam delas, e tendem a ser irresponsáveis, na medida em que o voto é um recurso sem custos para quem o usa 39.…”
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“…E-mail: nuno.cocas.machado@gmail.com DOI: http//dx.doi.org/10.17666/319107/2016 Apesar dessa heterogeneidade, excetuando alguns "especialistas" (Bowring, 2000;Little, [1996] 2013; Silva, 2002), a recepção da teoria gorziana tende a ser monolítica ou unidimensional. A literatura secundária ocupa-se, na maior parte dos casos, exclusivamente do pensamento tardio de Gorz, escamoteando pura e simplesmente as obras anteriores a Adeus ao proletariado (Abramovay, 2009;Borot, 2001;Camargo, 2010;Cardoso, 2011;Freitas, 2008;Gomes, 2005;Lane, 2011;Langer, 2003;Mello, 2007;Miguel, 2006;Sobel, 2010Sobel, , 2011). 2 Com a exceção de Josué Pereira da Silva (2002) e de Finn Bowring (2000), os autores que abordam a obra gorziana da década de 1960 centram a atenção unicamente em Estratégia operária e neocapitalismo (Rodrigues, 2009), não apresentam qualquer análise comparativa desses escritos com o restante edifício teórico de Gorz (Queiroz, 1999) ou destacam -a meu ver erradamente -uma suposta continuidade entre a obra gorziana na sua totalidade (Gollain, 2000;Granter, 2009; Lodziak e Tatman, 1997).…”
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