2013
DOI: 10.1590/s0102-64452013000300013
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Teorias críticas e pragmatismo: a contribuição de G. H. Mead para as renovações da Escola de Frankfurt

Abstract: Pragmatismo e teoria crítica são tradições frequentemente pensadas como opostas no campo da ciência política. Tal visão é sustentada pelo ceticismo da primeira geração de Frankfurt em relação à abordagem norte-americana (Wheatland , 2009). O próprio Horkheimer (1975[1937, p.130) associou o pragmatismo ao positivismo, na medida em que ambas as perspectivas julgariam que a "tarefa da ciência [era] a previsão e a utilidade dos resultados". A aversão inicial dos frankfurtianos está vinculada a uma interpretação do… Show more

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“…Em Mendonça (2013), verificamos a consideração de que a apropriação feita por Habermas do pensamento de Mead desconsidera uma importante questão: o fato de orientar-se para intersubjetividade prática, que surge e toma forma na atividade conjunta de sujeitos cujas experiências envolvem afetos, corporeidades, experimentações e ações criativas que se encontram para além, ainda que não aquém, da lei, norma e procedimento. O efeito teórico dessa desconsideração por parte de Habermas poderia ser observado no modo como Axel Honneth (1995) se apropria de Mead, sobretudo na forma com que o mesmo valoriza "um eu criativo, capaz de deslocar as gramáticas morais em que se insere.…”
Section: Entre a Norma E Revolta O "Cuidado Coletivo" E As "Técnicas ...unclassified
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“…Em Mendonça (2013), verificamos a consideração de que a apropriação feita por Habermas do pensamento de Mead desconsidera uma importante questão: o fato de orientar-se para intersubjetividade prática, que surge e toma forma na atividade conjunta de sujeitos cujas experiências envolvem afetos, corporeidades, experimentações e ações criativas que se encontram para além, ainda que não aquém, da lei, norma e procedimento. O efeito teórico dessa desconsideração por parte de Habermas poderia ser observado no modo como Axel Honneth (1995) se apropria de Mead, sobretudo na forma com que o mesmo valoriza "um eu criativo, capaz de deslocar as gramáticas morais em que se insere.…”
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“…Ao ressaltar a dimensão moral e agonística da autorrealização como base para a organização coletiva, afirma Mendonça (2013), Honneth transforma as reflexões de Mead em base sólida para tratar das vulnerabilidades, das emoções e das singularidades que perpassam sujeitos e grupos nas redes de esferas públicas e que, no nosso ver, não são adequadamente consideradas por Habermas, sobretudo nas situações de luta por justiça e reconhecimento. Em sua crítica a Habermas, Honneth (1995) ressalta que o reconhecimento não é alcançado somente pela via do discurso, ou seja, da presença de todos em esferas públicas tidas como suficientemente igualitárias e sensíveis à diversidade.…”
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“…(Mendonça, 2013, p. 367). Em sua crítica ao pragmatismo Horkheimer (2008), continua Mendonça (2013), observa ainda que a visão pragmática da verdade está ligada à confiança no mundo existente, manifestando assim, implicitamente, credo na estabilidade e nos méritos do livre mercado.…”
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“…Todavia, conforme observa Mendonça (2013), a posição crítica da Escola de Frankfurt em relação ao pragmatismo não foi uma unanimidade, e a partir das sucessivas revisões pelas quais passou a teoria crítica, o pragmatismo foi fundamental para a discussão sobre democracia, graças aos trabalhos de Habenas e a Honnet que conduzem a "[...]um modelo democrático radical, capaz de ultrapassar o foco no funcionamento institucional das formas de governo e propor uma leitura abrangente sobre o modo como uma coletividade se transforma consciente e politicamente" (Mendonça, 2013, p.400).…”
Section: As Críticas Ao Pragmatismounclassified
“…Cf, p. ex., entre muitas(os) outras(os), Araújo, 2013;Avritzer, 1994;Bianchi, 2008;Biroli e Miguel, 2012Branco, 2011;Codato e Perissinotto, 2011;Cohn, 2003;Eisenberg e Pogrebinschi, 2002;Mendonça, 2013;Feres Jr., 2005;Ferreira, 2004;Jasmin, 1997;Kerstenetzky, 2012;Koerner, 2015;Lacerda, Perissinotto e Szwako, 2016;Lavalle, 2004;Rego e Pinzani, 2013;Lessa, 1998;Lynch, 2014;Matos, 2013;Melo, 2011;Mendes, 2013;Mendonça, 2003;Miguel, 2005;Pinto, 2017;Quirino, Brandão e Vouga, 1998;Reis, 1990;Silva, 2008b;Vita, 2007. Os trabalhos aqui elencados e concepções muito similares àquelas "tipificadas" por Vincent, as quais não raro ajudam a explicar os dissensos entre as(os) que operam o e no campo.…”
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