2000
DOI: 10.1590/s0102-64452000000200008
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Uma teoria critica do reconhecimento

Abstract: A idéia de reconhecimento social é examinada com relação ao seu alcance e sua área de aplicação. Especial atenção é dedicada às contribuições de Charles Taylor e Axel Honneth. Argumenta-se que essa perspectiva é particularmente promissora para um refinamento das análises envolvendo identidades culturais múltiplas em sociedades complexas.

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“…Reconhecimento social é entendido no sentido ético, como construção objetiva, ou seja, para ocorrer são necessários valores que permitam reconhecer no grupo ações que o dignifiquem eticamente, sem se deixar levar por posicionamentos subjetivos (Souza, 2000).…”
Section: Revendo Referenciais Teóricosunclassified
“…Reconhecimento social é entendido no sentido ético, como construção objetiva, ou seja, para ocorrer são necessários valores que permitam reconhecer no grupo ações que o dignifiquem eticamente, sem se deixar levar por posicionamentos subjetivos (Souza, 2000).…”
Section: Revendo Referenciais Teóricosunclassified
“…Hegel, por seu turno, visando romper com essas interpretações atomistas, recorre ao conceito de "eticidade", o qual chama atenção para a existência de um conjunto de inclinações práticas formadas intersubjetivamente, que ia além do ordenamento estatal e das convicções morais individuais. Diferentemente das concepções atomistas, Hegel atentava para o fato de que a socialização dos indivíduos sempre se relaciona com aspectos intersubjetivos(SOUZA, 2000).Dessa maneira, os sujeitos deveriam ser compreendidos como pessoas que se sentem reconhecidas a partir da aceitação, por parte dos outros sujeitos, de suas qualidades e noção de reconhecimento, de forma a ressaltar o aspecto afetivo e motivacional da ação social.Esse elemento é importante, pois constitui um dos pontos mais básicos da discordância entre o autor e Nancy Fraser. Honneth critica as teorias derivadas do formalismo kantiano (entre elas a mãe e filho para apontar que há uma mudança na característica dessas relações, de uma completa simbiose (dependência total) para uma dependência relativa.…”
unclassified
“…Pensar, sentir, julgar no âmbito de tal configuração é funcionar com a sensação de que alguma ação ou modo de vida ou modo de sentir é incomparavelmente superior aos outros"17 . Para Souza, Taylor está interessado, antes de tudo, "no componente avaliativo da constituição da identidade humana, na medida em que a autointerpretação dos sujeitos passa a ser percebida como momento constitutivo para a construção desta"18 .Em uma espécie de arqueologia ligada à concepção de bem, Taylor pretende encontrar a autocompreensão dos atores com vistas à definição moral da época considerando, essencialmente, a cultura em que esses atores estão inseridos, o substrato das suas identidades19 .Nessa perspectiva, na contemporaneidade, talvez o mais urgente e poderoso conjunto de exigências que reconhecemos como morais aponta o respeito à vida, à integridade, o bem-estar e mesmo à prosperidade dos outros. Desse modo, a figura da dignidade passa ser compreendida como a sendo a essência mátria do pano de fundo moral que rege as sociedades ocidentais contemporâneas, superestimando a capacidade destas de implementar uma universalização de direitos que naturalize o valor da igualdade20 .…”
unclassified