RESUMO Este artigo tem como objetivo desenvolver uma discussão de caráter teórico-filosófico relacionada ao campo da alfabetização, com desdobramentos de ordem metodológica para o trabalho escolar em torno da oralidade, na forma de diretrizes. Para tanto, expõe-se, a partir da fundamentação materialista, histórica e dialética, a relação entre trabalho e linguagem, tomados à luz dos conceitos de objetivação e apropriação, sendo, para isso, retomada a indissociabilidade entre teoria e prática também no trabalho pedagógico. Na defesa, em nome de um projeto formativo humanizador, de que cabe à escola o reconhecimento das necessidades do sujeito histórico/concreto, as quais podem não corresponder às necessidades imediatas do sujeito empírico, são apontadas as fragilidades das pedagogias hegemônicas, ao mesmo tempo em que se discute que o planejamento pedagógico compromissado com o desenvolvimento da oralidade deve centralizar os gêneros do discurso secundários, constituindo-se a produção textual na esfera escolar a partir da vinculação entre as modalidades escrita e oral da linguagem.