O problema de investigação desta tese localiza-se no âmbito da reforma do Estado e da gestão territorial no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Indaga-se qual o tipo de reestruturação territorial que estaria emergindo no estado, unidade federativa que conjuga intercessões concomitantes das aberturas externa e interna. O território passa a conter ações, após 1989, que combinam descentralização interna em sua gestão do desenvolvimento com ações de desestatização da infra-estrutura estratégica. O estado, embora com capacidade financiadora limitada, vinha se caracterizando ainda como produtor de insumos e fornecedor das infra-estruturas de transportes e comunicações, i.é, os elementos do núcleo desenvolvimentista do modelo de substituição de importações, até 1995. O território estadual contém múltiplas ações políticas concomitantes de desenvolvimento territorial, onde perpassam-se ações do Estado nacional, do Estado na escala da unidade da federação, do Estado na escala local, da iniciativa privada e de organizações da sociedade civil na escala regional-local, associadas às universidades regionais, principalmente às de caráter comunitário.