A abertura das escolas de circo no Brasil favoreceu uma amplitude para a aprendizagem dos saberes circenses e abrigaram uma dimensão interdisciplinar dessas práticas, apresentando-se como proposta à formação de novos artistas circenses. Para expandir esse diálogo, este artigo visa refletir sobre a formação do circense brasileiro e os desdobramentos pedagógicos desenvolvidos por Amercy Marrocos e Delisier Rethy, que trabalharam como professoras em escolas de circo no Brasil, demonstrando que era possível formar pessoas nascidas “fora da lona”. Essas mestras colocaram às avessas muitos valores depositados à presença da mulher no universo circense e construíram narrativas sob referenciais femininos na formação e na pedagogia dos saberes do circo, ampliando a influência das artes circenses na cena brasileira.