2005
DOI: 10.1590/s0102-44502005000100001
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Descrição de aspectos da variante étnica usada pelos parkatêjê

Abstract: This paper presents a brief description about Portuguese variant spoken by Parkatêjê people, which shows characteristics of both languages, probably, because of contact situation between them. The interference of uses of one language in the other can be observed in phonological, morphological, lexical as well semantic aspects of the Portuguese variant spoken by Parkatêjê people. KEY-WORDS: sociolinguistics; contact; indigenous language; description.RESUMO: Este artigo apresenta uma breve descrição da variante … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1

Citation Types

0
0
0
10

Year Published

2017
2017
2021
2021

Publication Types

Select...
5

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 9 publications
(10 citation statements)
references
References 1 publication
0
0
0
10
Order By: Relevance
“…No campo da fonologia, Paiva (1997), por exemplo, analisou a realização variável do traço de sonoridade das oclusivas, fricativas e africadas no Português de contato do Alto Xingu utilizado por membros dos povos Kamayurá, Yawalapiti, Kuikuro, Kalapalo, Awetí, Waurá, Mehinaku e Trumai, enquanto Santos (2006) indicou que os Wajãpi, falantes de uma língua Tupi-Guarani sem distinção no campo das vogais posteriores, fazem uso de pronúncias como mondo por mundo, azol por azul e musca por mosca. Ferreira (2005), por outro lado, constatou que os Parkatejê substituem, por uma homorgânica sonora, as consoantes oclusivas desvozeadas das palavras do Português. De forma análoga, Amado (2015, p. 107 Atento a fenômenos de natureza sintática, Maia (2005) aborda a transferência de construções próprias de línguas com predominância de núcleo final no Português escrito por professores indígenas em formação.…”
Section: Indianidade E O Português Indígenaunclassified
“…No campo da fonologia, Paiva (1997), por exemplo, analisou a realização variável do traço de sonoridade das oclusivas, fricativas e africadas no Português de contato do Alto Xingu utilizado por membros dos povos Kamayurá, Yawalapiti, Kuikuro, Kalapalo, Awetí, Waurá, Mehinaku e Trumai, enquanto Santos (2006) indicou que os Wajãpi, falantes de uma língua Tupi-Guarani sem distinção no campo das vogais posteriores, fazem uso de pronúncias como mondo por mundo, azol por azul e musca por mosca. Ferreira (2005), por outro lado, constatou que os Parkatejê substituem, por uma homorgânica sonora, as consoantes oclusivas desvozeadas das palavras do Português. De forma análoga, Amado (2015, p. 107 Atento a fenômenos de natureza sintática, Maia (2005) aborda a transferência de construções próprias de línguas com predominância de núcleo final no Português escrito por professores indígenas em formação.…”
Section: Indianidade E O Português Indígenaunclassified
“…Ela destaca, aliás, que "a principal característica do discurso em Português produzido espontaneamente [pelos Tariana] é uma tentativa de encontrar um equivalente para distinções gramaticais encontradas nas línguas do Vaupés" (AIKHENVALD, 2003, p. 313, tradução nossa) 4 , ou, mais precisamente, a busca por correspondentes para o sistema de evidenciais constituído no Tariana em função do contato frequente e prolongado entre os Tariana e falantes de Línguas Tukano. Ferreira (2005), em seu exame da variante étnica 5 dos Parkatejê, indica que em muitos contextos não se faz a concordância de gênero ou acontece uma generalização do masculino, assim como se verifica com frequência a ausência de forma verbal exclusiva para a 1ª pessoa do singular, especialmente na "forma perfectiva do passado" (cf. FERREIRA, 2005, p. 18).…”
Section: O Universo Das Variedades Indígenas De Português Brasileirounclassified
“…AMADO, 2015, p. 109-110). À semelhança do que se observa no artigo de Ferreira (2005), são tematizadas as adaptações à fonologia do Timbira, que incluem a distribuição de modo aleatório dos traços [+voz] e [-voz] nas consoantes e a tendência à supressão da última vogal átona das palavras portuguesas paroxítonas, refletindo a preferência Timbira por sílabas fechadas com coda em consoante e padrão acentual oxítono. Ilustram o último processo pronúncias como (5) [e'zist] por "existe", e (6) ['nom] por "nome" (cf.…”
Section: O Universo Das Variedades Indígenas De Português Brasileirounclassified
“…os Sete estudos sobre o português Kamayurá, destacando fenômenos como a variação livre entre as consoantes surdas e sonoras, a inexistência de distinção de timbre para as vogais médias tônicas (realizadas abertas) e a ausência de marca específica de 1ª pessoa do singular nas formas verbais.Traço associável a universais de aquisição de segunda língua, a ausência de morfemas verbais próprios de 1ª pessoa do plural foi reconhecida, igualmente, porFerreira (2005) na variedade de Português dos Parkatejê. Um dos povos vinculados ao chamado "complexo dialetal Timbira" (da família linguística Jê), os Parkatejê vivem nas proximidades do município de Bom Jesus do Tocantins, na região Sudeste do Pará, a cerca de trinta quilômetros de Marabá.…”
unclassified
“…Em sua variedade de Português, observa-se o ensurdecimento das oclusivas vozeadas (como em (1)[kra'vatu]) e "a síncope do som fricativo final da sílaba que deixa a palavra terminada em glide"(FERREIRA, 2005, p. 10), como em (2) [may] por 'mas' e (3) [pey] por 'vez' e 'fez'. Dentre os fenômenos de natureza morfossintática,Ferreira (2005) indica que, no que se refere ao gênero, tem lugar uma generalização da forma masculina no Português Parkatejê.Braggio (2015, p. 136) ressaltou que, entre os Akwen Xerente, "mesmo pessoas que têm muito contato com a L2 usam o gênero ora de forma esperada, ora não". Abordando aspectos fonológicos, gramaticais e discursivos,Amado (2015) fornece um retrato significativo do Português dos Timbira.…”
unclassified