“…No campo da fonologia, Paiva (1997), por exemplo, analisou a realização variável do traço de sonoridade das oclusivas, fricativas e africadas no Português de contato do Alto Xingu utilizado por membros dos povos Kamayurá, Yawalapiti, Kuikuro, Kalapalo, Awetí, Waurá, Mehinaku e Trumai, enquanto Santos (2006) indicou que os Wajãpi, falantes de uma língua Tupi-Guarani sem distinção no campo das vogais posteriores, fazem uso de pronúncias como mondo por mundo, azol por azul e musca por mosca. Ferreira (2005), por outro lado, constatou que os Parkatejê substituem, por uma homorgânica sonora, as consoantes oclusivas desvozeadas das palavras do Português. De forma análoga, Amado (2015, p. 107 Atento a fenômenos de natureza sintática, Maia (2005) aborda a transferência de construções próprias de línguas com predominância de núcleo final no Português escrito por professores indígenas em formação.…”