“…O mundo contemporâneo apresenta a seus sujeitos diversos questionamentos das mais variadas naturezas: sociais, econômicas, identitárias, educacionais, linguísticas, espaciais... A lista é longa e a necessidade de engajamento com essas questões ultrapassa nossa mera percepção uma vez que, aparentemente, temos 'dado conta' e 'levado a vida' sem maiores atropelos, adequando-nos aos novos ambientes e às novas relações que se constroem tanto no mundo real quanto no virtual. No discurso da Pós-modernidade descrito por muitos teóricos (USHER; EDWARDS, 1994;BAUMAN, 2005;SIGNORINI;2006;HALL, 2011HALL, , 2012SILVA, 2012;WOODWARD, 2012) como um período em que sujeitos estão em constante processo de fragmentação e (re)construção, numa dinâmica constante de deslocamentos ou 'descentramentos' do indivíduo, muito se tem falado sobre identidades e sobre a necessidade de visões críticas sobre elas. Tais visões devem ultrapassar, ou melhor, transcender entendimentos acerca da subjetividade humana, e portanto, da constituição de identidades praticados durante a Era Moderna que, por sua vez, influenciada por ideais iluministas, compreendia seus sujeitos como universais e previsíveis Entende-se, assim, que a instituição escolar constitui-se como lócus privilegiado de construção das identidades dos seus sujeitos aprendizes por meio da linguagem, dos discursos, dos conhecimentos e das interações nela praticados.…”