Debate sobre o artigo de Conill

Abstract

programa é paquidérmico, estamos nisso desde 1994. Não há projeto consistente para formação dos 60 mil médicos e enfermeiros de família de que necessitaríamos. Há espasmos pedagógicos com nomes pomposos, no entanto, nenhum governo apresentou estratégia efetiva e parcerias consistentes para enfrentar esse desafio educacional. Isto sem comentar a indigência dos modos de contratação e de gestão de pessoal. Hoje, já há evidências indicando que não há como os municípios isolados resolverem a política de pessoal para o SUS. Necessitam do concurso efetivo, financeiro, legal e organizacional dos Estados e da União. Não há evidências de que o Ministério da Saúde esteja disposto a assumir a articulação dessa multiplicidade de experiências e de entidades federadas para construir um sistema -rede interdependente, apesar da autonomia dos municípios -que combine singularidade local com diretrizes que assegurem unidade ao SUS.Por tudo isso, é que saúdo o artigo de Conill com alvíssaras. Viva! Encontramos alguém disposto a pensar de maneira crítica e construtiva e ampla e cuidando, ao mesmo tempo, em preservar os valores e diretrizes que fazem do SUS uma esperança de que a vida real não seja somente competição e violência e... Salve! Saravá!

Primary health care in CSP

“…

The search for primary health care (PHC) focused on people, families and territories, synergistic to the population's health needs and to the principles of the Brazilian Unified National Health System (SUS), is a fruitful and priority field for scientific production and dissemination. Over the course of approximately 30 years of implementation and consolidation of the Family Health Strategy (FHS) as a priority model of PHC in SUS several successful outcomes have been achieved; however, research results suggest some health issues are yet to be resolved, the resurgence of old problems and the advent of new challenges, the most recent being the COVID-19 pandemic.In 2008, Reports in Public Health/Cadernos de Saúde Pública (CSP) published a thematic supplement with an important Editorial 1 and Debate 2,3,4,5,6,7,8 about the challenges of FHS for the organization and strengthening of PHC in Brazil; the country's national policies and programs since the 2010s sought, in some way, to face them. More recently, the journal has also fostered reflections about the deconstruction policies of FHS's trajectory from central elements such as its conception, organization and financing, while the directionality failed to respond to recognized problems, nor do they offer new perspectives that have universality and solidarity as values 9,10 .The wide diversity of themes of this great field of research and practices that make up PHC is reflected in the manuscripts published by CSP over 345 issues (until July 2022), available free of charge for public access since 1985.

…”

“…In 2008, Reports in Public Health/Cadernos de Saúde Pública (CSP) published a thematic supplement with an important Editorial 1 and Debate 2,3,4,5,6,7,8 about the challenges of FHS for the organization and strengthening of PHC in Brazil; the country's national policies and programs since the 2010s sought, in some way, to face them. More recently, the journal has also fostered reflections about the deconstruction policies of FHS's trajectory from central elements such as its conception, organization and financing, while the directionality failed to respond to recognized problems, nor do they offer new perspectives that have universality and solidarity as values 9,10 .…”

Atenção primária à saúde em CSP

“…Em 2008, Cadernos de Saúde Pública (CSP) publicou Suplemento Temático com um importante Editorial 1 e Debate 2,3,4,5,6,7,8 acerca dos desafios da ESF para a organização e o fortalecimento da APS no Brasil, cujas políticas e programas nacionais, a partir dos anos 2010, buscaram, de alguma forma, enfrentar. Mais recentemente, também tiveram espaço no periódico reflexões acerca das políticas de desconstrução da trajetória da ESF, em elementos centrais como concepção, organização e financiamento, cuja direcionalidade não responde aos reconhecidos problemas, tampouco oferece novas perspectivas que tenham a universalidade e a solidariedade como valores 9,10 .…”