A sociologia do corpo

Cuerpo y videoperformance en américa latina: Popscicles de Glória Camiruaga

“…Para Le Breton (1956 -) el cuerpo latinoamericano corre el riesgo de ser pensado como una corporalidad específica trazada en los procesos de colonización, elaborando paradojas, unificando elementos de las experiencias y formas de ser de cada sujeto, generando significados que los conectan al espacio social. y cultural (Le Breton, 2007).…”

Uma Abordagem Decolonial Sobre a Prática De Inscrições Corporais Na Modernidade/Colonialidade

“…Ao se deparar, em seus estudos, com contrastes e discrepâncias acerca das diferentes concepções de corpo, Le Breton (2007) compreende que o corpo não deve ser compreendido como uma realidade anatomofisiológica, mecânica, mas como "uma estrutura simbólica, superfície de projeção passível de unir as mais variadas formas culturais" (LE BRETON, 2007, p. 28-29). As diferentes concepções corporais da biomedicina se rivalizam por conta da ascensão do individualismo, nos levando ao terceiro período do desenvolvimento do projeto moderno, identificado por Santos (1999), que se inicia em fins dos anos 1960 e se estende até a atualidade, demonstrando a impossibilidade de se reparar o déficit gerado pelas ambições do projeto moderno inicial.…”

“…A heterogeneidade das concepções ocidentais modernas de corpo, ao contrário do que se possa pensar -e desejar... -, não culmina na ruína do anatomofisiológico, pelo contrário: fortalece o individualismo da sociedade na qual ele se estrutura. O modelo anatomofisiológico é um entre vários outros, dentro das concepções do Ocidente (LE BRETON, 2007). Não haveria um corpo natural ou real, pois todo corpo seria uma construção decorrente do tempo e do espaço com o qual o sujeito se defronta, "imerso na singularidade de sua história pessoal, numa espécie de húmus social e cultural de onde retira a simbólica da relação com os outros e com o mundo" (LE BRETON, 2007, p. 34).…”

“…E não é somente o corpo que se configura a partir do tempo e do espaço, como também tudo o que o corpo comporta: sua expressão, sua gestualidade, suas performances sociais, suas formas de perceber e de sentir o mundo à sua volta, entre inúmeras outras possibilidades. A corporeidade se constitui de diferentes facetas: as interações sociais, os rituais, a gestualidade, a configuração dos sentidos (LE BRETON, 2007), a localização geoespacial, cultural, a história do sujeito, a "troca de pele" natural ao ciclo da vida (MIRANDA, 2020). Não se atém somente à forma física, posto que, antes da forma, uma percepção a captura.…”

“…(LE BRETON, 2007, p. 71-72) O corpo não é o sujeito, mas sim uma matéria-prima. Ao passo em que perde seu valor simbólico, ganha valor mercadológico e técnico (LE BRETON, 2007). Não há distinção entre as dinâmicas políticas e as dinâmicas corporais da sociedade: "Toda a ordem política vai de encontro à ordem corporal" (LE BRETON, 2007, p. 79).…”