2009
DOI: 10.1590/s0102-01882009000100005
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Ensino primário franquista: os livros escolares como instrumento de doutrinação infantil

Abstract: ResumoO regime franquista, sobretudo nas primeiras décadas, exerceu amplo controle sobre a educação, que ficou sob a responsabilidade dos nacionalistas católi-cos. Produziram-se inúmeros livros escolares infantis orientados por forte sentido patriótico e religioso. Os autores tinham como objetivo moldar as consciências mirins com base nos pressupostos básicos da mentalidade que dava sustentação ao regime: autoridade, hierarquia, ordem, obediência, temor e devoção a Deus e ao Chefe Francisco Franco. Este texto … Show more

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“…Não obstante as particularidades históricas de cada um dos regimes, podemos tomar como exemplo: Portugal salazarista, a Espanha franquista, a Argentina peronista, o Brasil da era Vargas e do regime civil-militar, a Itália fascista de Mussolini e a Alemanha nazista de Hittler são exemplos expressivos, no século XX, de intervenção maciça na educação para reprodução político-ideológica(Bomeny, 1981;Capelato, 2009;Guedes, 1998; Horta, 2008;Kjos, 2004; Mónica, 1980;Rosa, 2009).…”
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“…Não obstante as particularidades históricas de cada um dos regimes, podemos tomar como exemplo: Portugal salazarista, a Espanha franquista, a Argentina peronista, o Brasil da era Vargas e do regime civil-militar, a Itália fascista de Mussolini e a Alemanha nazista de Hittler são exemplos expressivos, no século XX, de intervenção maciça na educação para reprodução político-ideológica(Bomeny, 1981;Capelato, 2009;Guedes, 1998; Horta, 2008;Kjos, 2004; Mónica, 1980;Rosa, 2009).…”
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“…Neste sentido, o que nossa leitura aponta acerca deste texto, é o papel fundamental que a imprensa do período -pró e contra a Republica -deteve neste processo, através da construção da identidade de seus atores. É interessante notar que, assim como a historiografia da Guerra iria posteriormente reconhecer, estas disputas internas da resistência republicana -e sua repercussão através do discurso oficial comunista -tanto quanto o discurso oficial do governo franquista posteriormente, através das inúmeras políticas de (re)construção da memória coletiva da Guerra (Cenarro, 2002;Richards, 2002;Capelato, 2009) -iriam desempenhar papel fundamental para a construção das diversas memórias do conflito (tanto para o lado vencido, quanto para o lado vencedor).…”
Section: -As Máscaras E a Guerra 109 : A Luta Pela Memória Na Guerra Civil Espanholaunclassified
“…Ou seja, de sua institucionalização pelas instancias oficiais do Estado, que a transformam, junto com a história, em arma de reificação dos indivíduos. Aqui, outros mecanismos são também tomados como recurso de poder na luta que se estabelece entre as forças hegemônicas e os focos de resistência (especialmente aqueles que permanecem atuando na clandestinidade), como a própria escrita desta história, onde se estabelece sua versão ´´oficial`` em detrimento de outras histórias "marginais", e a narração dessa memória coletiva da sociedade em suas diversas formas: desde a produção oficial de filmes, documentários, programas de rádio e televisão, até a confecção, como se deu emblematicamente na Espanha, de livros didático nos quais fatos do passado (como a Guerra Civil espanhola) eram alterados e reescritos para funcionarem como afirmadores do regime vigente (Capelato, 2009), até a construção de marcos físicos de celebração da memória oficial, como estátuas e monumentos públicos em homenagens a grandes personalidades "históricas", etc.. Todo esse processo, como vimos acima, por exemplo no ensaio 1950-1960. (Orwell, 1986 E escreve na continuação, lembrando, no mesmo sonho, de sua mãe e irmã:…”
Section: Orwell Escreveunclassified