2008
DOI: 10.1590/s0102-01882008000200013
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Sombras literárias: a fotonovela e a produção cultural

Abstract: ResumoAs fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 25 anos no Brasil, e milhões de leitores consumiram ansiosamente histórias publicadas em revistas com larga circulação nacional. No entanto, foram ignoradas quase que completamente por críticos e estudiosos e consideradas um subgênero da literatura. Seus leitores foram marcados, entre outros aspectos, como de baixa formação cultural e possuidores de parcos rendimentos. Entretanto, seria possível para o historiador não reconhecer a leitura de fotonovela… Show more

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“…Diálogos, DHI/PPH/ UEM, v. 13, n. 3, p. 587-624, 2009. Semelhantemente às tipologias de interpretação das diferentes formas de apresentação da historiografia para se escrever a história efetuadas por, Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770Hegel ( -1830, Friedrich Nietzsche (1844Nietzsche ( -1900 e Hayden White (1995), Jörn Rüsen procurou estabelecer quatro princípios de diferenciação das formas de apresentação da historiografia: 1) a constituição tradicional de sentido; 2) a constituição exemplar de sentido; 3) a constituição crítica de sentido; e 4) a constituição genética de sentido. Hegel, em seu curso de Filosofia da História (1999), abordaria a história original, a história refletida e a história filosófica, Nietzsche, em seu manuscrito sobre a II Consideração intempestiva sobre a utilidade e os inconvenientes da História para a vida (2005), apresentaria a escrita da história como uma mistura de gêneros (JOANILHO, 2008), em especial, o da história tradicional, o da história monumental e o da história crítica, para superar, em sua opinião, a decadência que pairava sobre a história científica então praticada. Hayden White (1995), em seu livro Meta-história, elaborou uma tipologia com qual visava descortinar as diferentes "urdiduras de enredo" utilizadas tanto por filósofos (da história) quanto por historiadores para constituírem suas narrativas, apoiando-se basicamente em Northrop Frye em seu livro Anatomia do criticismo para identificar quatro modos de elaboração de enredo -o romântico, o trágico, a comédia e a sátira -, em Karl Mannheim no seu texto Ideologia e Utopia, em que indicava quatro posições ideológicas básicasanarquismo, conservadorismo, radicalismo e liberalismo -, e em vários outros autores, para identificar quatro modos de argumentação -formista, mecanicista, organicista e contextualista -, aos quais acrescentaria quatro tropos básicos para a análise da linguagem poética ou figurada: a metáfora, a metonímia, a sinédoque e a ironia.…”
Section: De Fato O Autor Argumentará Mais Especificamente Queunclassified
“…Diálogos, DHI/PPH/ UEM, v. 13, n. 3, p. 587-624, 2009. Semelhantemente às tipologias de interpretação das diferentes formas de apresentação da historiografia para se escrever a história efetuadas por, Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770Hegel ( -1830, Friedrich Nietzsche (1844Nietzsche ( -1900 e Hayden White (1995), Jörn Rüsen procurou estabelecer quatro princípios de diferenciação das formas de apresentação da historiografia: 1) a constituição tradicional de sentido; 2) a constituição exemplar de sentido; 3) a constituição crítica de sentido; e 4) a constituição genética de sentido. Hegel, em seu curso de Filosofia da História (1999), abordaria a história original, a história refletida e a história filosófica, Nietzsche, em seu manuscrito sobre a II Consideração intempestiva sobre a utilidade e os inconvenientes da História para a vida (2005), apresentaria a escrita da história como uma mistura de gêneros (JOANILHO, 2008), em especial, o da história tradicional, o da história monumental e o da história crítica, para superar, em sua opinião, a decadência que pairava sobre a história científica então praticada. Hayden White (1995), em seu livro Meta-história, elaborou uma tipologia com qual visava descortinar as diferentes "urdiduras de enredo" utilizadas tanto por filósofos (da história) quanto por historiadores para constituírem suas narrativas, apoiando-se basicamente em Northrop Frye em seu livro Anatomia do criticismo para identificar quatro modos de elaboração de enredo -o romântico, o trágico, a comédia e a sátira -, em Karl Mannheim no seu texto Ideologia e Utopia, em que indicava quatro posições ideológicas básicasanarquismo, conservadorismo, radicalismo e liberalismo -, e em vários outros autores, para identificar quatro modos de argumentação -formista, mecanicista, organicista e contextualista -, aos quais acrescentaria quatro tropos básicos para a análise da linguagem poética ou figurada: a metáfora, a metonímia, a sinédoque e a ironia.…”
Section: De Fato O Autor Argumentará Mais Especificamente Queunclassified
“…A fotonovela, por sua vez, sequer entra no rol da chamada "alta literatura", constituindo, pelo contrário, gênero pouco estimado pela crítica, e pode chocar-se, na teoria que lhe diz respeito e/ ou, sobretudo, no exercício de Rubem Fonseca no conto estudado, com a opinião de Aristóteles sobre a tragédia no que se refere a seus traços mais proeminentes. A propósito, no estudo "Sombras literárias: a fotonovela e a produção cultural", André Luiz Joanilho e Mariângela Peccioli Galli Joanilho (2008), com base, principalmente, em premissas de cunho sociológico, colocam em discussão perspectivas que rejeitam veementemente a possibilidade de a fotonovela, enquanto gênero, ser dotada de alguma qualidade. Segundo os pesquisadores, em paráfrase um tanto irônica de tais pareceres, Não há dúvida quanto ao caráter da fotonovela.…”
Section: Introductionunclassified
“…Joanilho (2008) em seu trabalho, parecem ecoar nas vozes de Jacqueline e Oswaldo Peçanha. Ao perguntar ao narrador: "Você acha que mulher da classe C escreve cartas?"…”
unclassified