“…Diálogos, DHI/PPH/ UEM, v. 13, n. 3, p. 587-624, 2009. Semelhantemente às tipologias de interpretação das diferentes formas de apresentação da historiografia para se escrever a história efetuadas por, Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770Hegel ( -1830, Friedrich Nietzsche (1844Nietzsche ( -1900 e Hayden White (1995), Jörn Rüsen procurou estabelecer quatro princípios de diferenciação das formas de apresentação da historiografia: 1) a constituição tradicional de sentido; 2) a constituição exemplar de sentido; 3) a constituição crítica de sentido; e 4) a constituição genética de sentido. Hegel, em seu curso de Filosofia da História (1999), abordaria a história original, a história refletida e a história filosófica, Nietzsche, em seu manuscrito sobre a II Consideração intempestiva sobre a utilidade e os inconvenientes da História para a vida (2005), apresentaria a escrita da história como uma mistura de gêneros (JOANILHO, 2008), em especial, o da história tradicional, o da história monumental e o da história crítica, para superar, em sua opinião, a decadência que pairava sobre a história científica então praticada. Hayden White (1995), em seu livro Meta-história, elaborou uma tipologia com qual visava descortinar as diferentes "urdiduras de enredo" utilizadas tanto por filósofos (da história) quanto por historiadores para constituírem suas narrativas, apoiando-se basicamente em Northrop Frye em seu livro Anatomia do criticismo para identificar quatro modos de elaboração de enredo -o romântico, o trágico, a comédia e a sátira -, em Karl Mannheim no seu texto Ideologia e Utopia, em que indicava quatro posições ideológicas básicasanarquismo, conservadorismo, radicalismo e liberalismo -, e em vários outros autores, para identificar quatro modos de argumentação -formista, mecanicista, organicista e contextualista -, aos quais acrescentaria quatro tropos básicos para a análise da linguagem poética ou figurada: a metáfora, a metonímia, a sinédoque e a ironia.…”