2010
DOI: 10.1590/s0101-90742010000100007
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Espaço e distinção social: o catolicismo na Província de Sergipe

Abstract: Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar as distinções sociais constituídas no catolicismo na Província de Sergipe Del Rey durante o século XIX. A análise está centrada nos critérios de admissão de duas irmandades religiosas atuantes na cidade de Estância. A pesquisa demonstra que havia uma população dividida entre as irmandades do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora do Rosário, reflexos de uma hierarquia social mais diversificada, que diziam respeito a critérios de cor, riqueza e prestígio social. … Show more

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“…Este processo é descrito por Vasconcelos(2011).33 A crise pela qual as colônias francesas e britânicas viram-se atingidas a partir da segunda metade do século XVIII explica-se primeiramente pelas guerras travadas pelas metrópoles, as disputas pelas rotas comerciais e disputas internas entre os principais impérios da época, que haviam superado Portugal, fragilizaram as estruturas produtivas instaladas nesses territórios insulares de primeira importância para o abastecimento do mercado europeu, que carecia de produtos tropicais, plenamente incorporados no cotidiano das metrópoles e dos seus principais centros consumidores, os clássicos de Caio Prado Júnior (1976) e Celso Furtado(2007) oferecem contribuições a respeito desse processo, porém a obra de Daudin, O'Rourke e Escosura(2008), por um viés economicista, trata especificamente dos conflitos europeus e da crise gerada por eles em suas colônias. Apesar da relevância dos numerosos conflitos bélico e político travados entre as metrópoles, um fator que despontou como um severo golpe ao comércio da produção antilhana foi a Revolução de São Domingos, ilha onde hoje está localizado o Haiti, um duradouro e conflituoso processo de libertação que opôs os escravos aos colonizadores e resultou não somente no fim da escravidão praticada na ilha como na conquista do território por parte dos pretos-africanos, uma vez que a população indígena já havia sido dizimada nas primeiras décadas do século XVI, verAndrade (2019).…”
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“…Este processo é descrito por Vasconcelos(2011).33 A crise pela qual as colônias francesas e britânicas viram-se atingidas a partir da segunda metade do século XVIII explica-se primeiramente pelas guerras travadas pelas metrópoles, as disputas pelas rotas comerciais e disputas internas entre os principais impérios da época, que haviam superado Portugal, fragilizaram as estruturas produtivas instaladas nesses territórios insulares de primeira importância para o abastecimento do mercado europeu, que carecia de produtos tropicais, plenamente incorporados no cotidiano das metrópoles e dos seus principais centros consumidores, os clássicos de Caio Prado Júnior (1976) e Celso Furtado(2007) oferecem contribuições a respeito desse processo, porém a obra de Daudin, O'Rourke e Escosura(2008), por um viés economicista, trata especificamente dos conflitos europeus e da crise gerada por eles em suas colônias. Apesar da relevância dos numerosos conflitos bélico e político travados entre as metrópoles, um fator que despontou como um severo golpe ao comércio da produção antilhana foi a Revolução de São Domingos, ilha onde hoje está localizado o Haiti, um duradouro e conflituoso processo de libertação que opôs os escravos aos colonizadores e resultou não somente no fim da escravidão praticada na ilha como na conquista do território por parte dos pretos-africanos, uma vez que a população indígena já havia sido dizimada nas primeiras décadas do século XVI, verAndrade (2019).…”
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