2004
DOI: 10.1590/s0101-90742004000200006
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A "tagarelice" de Macedo e o ensino de história do Brasil

Abstract: Neste artigo realizamos a leitura do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, sob o ângulo da produção de textos que visavam à construção da idéia de modernidade, valor comum nos discursos médico, pedagógico e historiográfico no século XIX. Tratamos também de fornecer elementos metodológicos para a análise histórica de documentos literários e avaliamos os limites e possibilidades de utilização dessa linguagem no ensino de História. Entendemos a literatura como uma fonte documental específica, que mere… Show more

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“…Na ausência de uma figura que personificasse o regime republicano, coube ao território este papel (MORAES, 2005). Unidade do território ainda era cultuada, mas naquele passou a ser questionada, também e valorizada, a diver-outras, em um movimento de alteridade, mas também de pertencimento à sociedade moderna, também foi contemplado nos livros, e seu suporte era o ideal de civilização e progresso.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Na ausência de uma figura que personificasse o regime republicano, coube ao território este papel (MORAES, 2005). Unidade do território ainda era cultuada, mas naquele passou a ser questionada, também e valorizada, a diver-outras, em um movimento de alteridade, mas também de pertencimento à sociedade moderna, também foi contemplado nos livros, e seu suporte era o ideal de civilização e progresso.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…(FLORESTA, 1989a, p.21) No período que se seguiu à Independência, a elite intelectual brasileira empenhava-se na construção de um projeto de nação que se consolidou em instituições como o Colégio D. Pedro II e o IHGB, fundados em 1837. E é para essa elite intelectualizada que se dirige Nísia Floresta, de modo que podemos sugerir, observando os aspectos biográficos do autor de A Moreninha, que ela atingiu seu alvo: Joaquim Manuel de Macedo foi professor do colégio e membro ativo do instituto citados acima, além de deputado liberal e professor dos filhos de D. Pedro II (MORAES, 2004).…”
Section: O Livro Direitos Das Mulheres E Injustiça Dos Homens Foi Conunclassified
“…Essa máxima, central no pensamento brasileiro do período, tinha como um dos pressupostos construir o país. Além de sedimentar uma visão de projeto nacional entre as elites (bastante regionalizadas), legitimava a ação do Estado brasileiro como agente central dessa construção; a coesão entre esses elementos se traduziria na identidade e nacionalidade brasileiras (MORAES, 2002b). De tal modo que no fi nal do século XIX procurava-se "insistentemente defi nir o fundamento do ser nacional como base do Estado brasileiro" (ORTIZ, 2006, p. 130).…”
Section: O Pensamento Geográfico E a Construção Da Identidade Brasileiraunclassified
“…Porém, a grande questão entre as elites em torno da execução desse projeto era: a que povo será confi ado a tarefa de construir o país?. De tal maneira que a política imigratória nesse período atuou como um dos meios para sair do impasse, além de políticas voltadas às comunidades indígenas (MORAES, 2002b). Ao se referirem ao imigrante, as elites aludiam ao branco europeu.…”
Section: O Pensamento Geográfico E a Construção Da Identidade Brasileiraunclassified
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