Maturidade sexual do caranguejo Armases rubripes (Rathbun) (Crustacea, Brachyura, Sesarmidae) na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil

Abstract

Objetivou-se analisar a maturidade sexual de Armases rubripes (Rathbun, 1897) em três diferentes ambientes (rio, praia arenosa e manguezal) no sudeste do Brasil. Os caranguejos foram coletados mensalmente de julho/2002 a fevereiro/2004, utilizando-se peneiras no Rio Sahy durante as marés altas e, manualmente, na praia e no manguezal, durante as marés baixas. Os animais foram capturados por dois coletores num esforço de 15 minutos por estação de coleta. No laboratório, os exemplares foram separados por sexo e mensurados em relação a largura da carapaça, do abdome e comprimento do gonopódio. As gônadas, gonopódios e o abdome foram analisados segundo sua forma e seu aspecto. Um total de 4.051 indivíduos foram amostrados (1.067 machos, 1.563 fêmeas e 1.421 juvenis). Foram determinados cinco morfotipos: juvenis, machos imaturos, fêmeas imaturas, machos maduros e fêmeas maduras. O início da maturidade sexual fisiológica e morfológica ocorreu de forma assíncrona, com machos produzindo gametas mais cedo que as fêmeas. O tamanho da primeira maturidade sexual apresentou diferença significativa entre os ambientes analisados, exceção observada para o manguezal. Os indivíduos obtidos no manguezal apresentaram menores tamanhos para o início da maturidade sexual. Embora, estimados os tamanhos da maturidade sexual morfológica de machos e fêmeas, a análise do crescimento alométrico foi inadequado para a espécie.

Population biology of the ‘uçá'-crab, Ucides cordatus(Linnaeus, 1763) (Brachyura: Ucididae), in mangroves of the Joanes River, Bahia State, Brazil

“…The mean sizes (CW) of this species in Iguape (São Paulo) were 51.8 mm (males) and 47.0 mm (females), which were very close to the values obtained in this study (i.e., 55.4 and 44.5 mm, respectively). However, a comparison of the biometric data of this species does not show a national or regional morphometric pattern (Moura and Coelho, 2004;Lima and Oshiro, 2006). It is possible to speculate that U. cordatus can be a resilient mangrove species, because there was not an evident effect in his population structure, despite the human impacts confirmed in Joanes River estuary (e.g., real state pressure, sewage spills and waste) (Sousa, 2014).…”

“…Relative growth studies provide the opportunity to estimate the size at morphological maturity for brachyuran crustaceans, making it possible to better understand their adaptive strategies, such as the differential growth of chelipeds and abdomens between the sexes (Masunari and Swiech-Ayoub, 2003;Lima and Oshiro, 2006;Castiglioni and Coelho, 2011). Biometric evaluations can also be extremely valuable tools with which to detect possible anthropic impacts in the environment (Araújo et al, 2012).…”

Gonadal development in the freshwater crab Sylviocarcinus pictus (H. Milne Edwards, 1853) (Brachyura: Trichodactylidae) from the Guamá river, state of Pará, Brazil

“…After copulation the ovules develop, resulting in an increase of the ovary size and a Anais da Academia Brasileira de Ciências (2012) change in color depending on the development stage and species (Chen et al 1994, Cumberlidge 1999, Rostant et al 2008. Histological methods are commonly used on crustaceans to determine the phases of gonad growth and maturation (Chaves and Magalhães 1993, Pinheiro and Lins-Oliveira 2006, Martins et al 2007, Erkan et al 2009), which can also be recognized by the outer appearance (Flores et al 2002, Leme 2005, Barreto et al 2006, Lima and Oshiro 2006.…”

Determinação da maturidade sexual de Ucides cordatus (Crustacea, Brachyura, Ucididae) em duas áreas de manguezal do litoral sul de Pernambuco, Brasil

“…O tamanho na primeira maturação em caranguejos braquiúros pode ser avaliado pela comparação entre aspectos fisiológicos (estágio de desenvolvimento das gônadas) e morfológicos externos (análise da forma e tamanho de algumas estruturas corpóreas), como analisado por SANTOS & NEGREIROS- , LÓPEZ et al (1997), PINHEIRO & FRANSOZO (1998), CASTIGLIONI & SANTOS (2001), LIMA & OSHIRO (2006) e SILVA et al (2007.…”