A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação?

Abstract

ão é novidade para ninguém que a ciência transformou-se rapidamente em força produtiva no contexto da produção capitalista, principalmente a partir da segunda metade do século XIX, situação que se intensificou no decorrer do século XX e que, ao final deste, atinge um plano elevado e complexo, de tal forma que, hoje, com a automação e a utilização crescente da informática, o conhecimento tornou-se matéria vital para o processo de acumulação capitalista. Isto traz conseqüências importantes não apenas para a produção em si, mas para toda a organização social.O interesse crescente do capital pelo conhecimento produzido e pela produção científica o faz investir cada vez mais em setores que antes lhe eram periféricos, como o da educação, não apenas porque ela própria tende a se transformar em mercadoria, mas também porque a competição exige a produção de conhecimento científico cada vez mais sofisticado, além de que a introdução de inovações tecnológicas na base física, tanto quanto na organização das empresas, acaba criando novas demandas em relação aos trabalhadores. O conhecimento em geral e o científico em particular tornam-se alvo de disputas acirradas e de investimentos vultuosos, bem como de investidas ideológicas que pretendem transformá-los na chave de sucessos pessoais e empresariais.No campo da ciência, as relações entre o Estado e o setor privado são marcadas ora pela luta com vistas à propriedade intelectual do

A formação profissional em Saúde na interface com o Sistema Único de Saúde (SUS)

“…As políticas educacionais traçadas pelo Estado brasileiro têm afirmado a intenção de elevar o nível de qualidade da educação pública e de fazê-lo de modo que esta favoreça o desenvolvimento nacional. Contudo, o que se percebe, na verdade, é um estreitamento da relação entre educação e trabalho, com base no pressuposto das demandas desse último na sociedade (FERRETTI, 2002).…”

“…Como elemento frequente desses discursos e ações políticas, ganhou destaque a pedagogia das competências. Os principais argumentos favoráveis a sua adoção dizem respeito à necessidade de as sociedades buscarem a constituição de um novo sujeito social capaz não só de conviver com as frequentes transformações, mas, principalmente, tirar delas o melhor proveito, tendo em vista o bem estar de países e pessoas (FERRETTI, 2002).…”

Continuing education in the development of competences in nurses

“…Communicative competence is the ability to express and communicate with your cooperation, work, dialogue, bargaining exercise, or interpersonal communication group. 14 The way by which communication occurs is a determining factor in relationships and care, being recognized as important for the humanized care to be provided. In this sense, forms of communication (and how it occurs in the working environment), noise in communication, and importance of feedback are frequently discussed, allowing a form of opening for dialogue and sharing experiences, feelings, and thoughts.…”

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba sob o impacto das recentes políticas federais de formação profissional

“…Novas exigências se colocam à qualificação profissional. O novo modelo produtivo passou a demandar um novo perfil de trabalhador, mais atualizado e informado, com níveis mais elevados de escolaridade, o que, ao impactar na realidade brasileira, redirecionou a ação das políticas educacionais na década de 1990, com um amplo movimento de reformas que atingiu todos os seus níveis (FERRETTI, 2002). A própria noção de qualificação profissional foi ressignificada, dando lugar à noção de competência: enquanto a noção de qualificação surgiu referenciada no paradigma fordista de produção 58 , a noção de competência derivou da sua crise e substituição por um novo paradigma, o da produção flexível.…”