2002
DOI: 10.1590/s0101-546x2002000300004
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Fugindo para a força: cultura corporativista e "cor" na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Abstract: ResumoO ob je ti vo des te ar ti go é apre sen tar os re sul ta dos pre li mi na res da pes qui sa "O Ne gro na PM", re a li za da em 2000-2001, cu jos prin ci pa is ob je ti vos fo ram lan çar luz so bre a car re i ra dos afro-brasileiros na PM, como é co lo qui al men te cha ma da essa For ça Po li ci al, e tam bém so bre os dis cur sos em tor no da "raça" e da iden ti da de ne gra. Assim, fo ram ana lisa das as con di ções de tra ba lho e da re a li da de co ti di a na das ta re fas po li cia is da PM, que … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

1
4
0
9

Year Published

2002
2002
2022
2022

Publication Types

Select...
8
1

Relationship

0
9

Authors

Journals

citations
Cited by 17 publications
(14 citation statements)
references
References 0 publications
1
4
0
9
Order By: Relevance
“…A maior proporção de policiais de cor parda e negra na corporação da Polícia Militar do Recife merece algumas reflexões. É possível que a carreira militar seja uma oportunidade para os afrodescendentes encontrarem melhores chances de progressão, chegando a ocupar importantes cargos de chefia (Soares, 2000;Sansone, 2002). Talvez, pelo fato de a população branca de classe média e alta não considerar a carreira de policial militar como desejável e adequada, devido a uma tendência histórica de desvalorização dessa profissão, oferecendo assim maiores oportunidades para as pessoas da classe operária e para os pardos e negros.…”
Section: Discussionunclassified
“…A maior proporção de policiais de cor parda e negra na corporação da Polícia Militar do Recife merece algumas reflexões. É possível que a carreira militar seja uma oportunidade para os afrodescendentes encontrarem melhores chances de progressão, chegando a ocupar importantes cargos de chefia (Soares, 2000;Sansone, 2002). Talvez, pelo fato de a população branca de classe média e alta não considerar a carreira de policial militar como desejável e adequada, devido a uma tendência histórica de desvalorização dessa profissão, oferecendo assim maiores oportunidades para as pessoas da classe operária e para os pardos e negros.…”
Section: Discussionunclassified
“…In spite of the view that police have a uniform rather than a color, it is also common for police officers who live in favelas to "go through considerable pains to conceal their occupation" (Vargas 2008, 110). 24 What is unmasked through political action, such as the Salvador theater group, or social science research on the meaning of race to black police officers (Sansone 2002), is that rather than entering a world that is coded white, blacks (and whites) who enter the military police are actually entering an institution that is coded black not only by the rest of society but by the state apparatus itself. The equation of blackness with marginality is applied by the wider society to both the police and the poor.…”
Section: A Polícia Não Tem Cor Tem Farda: Unmasking the Public Secrementioning
confidence: 99%
“…The public secret (that which is known but cannot be spoken [Taussig 1999, 51]) is that the military police as an institution is a "space" coded black in Brazilian society (Sansone 2003). Denise Ferreira da Silva (2001), speaking from the perspective of an internationally educated black Brazilian academic who grew up in a family living in a poor neighborhood in Rio, points out the division within the state itself in the wake of the 1993 Chacina de Vigária Geral.…”
Section: A Polícia Não Tem Cor Tem Farda: Unmasking the Public Secrementioning
confidence: 99%
“…cit.) de que a festa do funk não serve para nada e não faz sentido fora de si mesma e no argumento de Sansone (1993) de que a cultura negra juvenil aplaca o "stress racial", 6 mas não é um reduto de fidelidade a sentimentos étnicos e raciais e sim o resultado da reinterpretação de símbolos negros norte-americanos globalizados, Silva segue a pista de que é o lúdico, reforçado pela ausência de violência sistemática no "Black Bahia", que define o perfil deste baile. Logo, estabelece como "objetivo central investigar o papel instituinte da comunicação mediática no processo de construção de identidade dos grupos sociais emergentes na contemporaneidade" (1997, p. 201).…”
Section: Juventude E Geraçãounclassified