Este artigo tem o objetivo de analisar a construção das escolas Corrêa de Mello e Ferreira Penteado na década de 1880, através do diálogo desses edifícios com a malha urbana de Campinas. Além de prédios escolares, esses colégios se tornaram monumentos para a memória daqueles que detinham o poder político e econômico na cidade. Ambos os edifícios eram dedicados à educação popular e inseriam-se em Campinas como estratégia para marcar os espaços entre os grupos menos abastados e os mandatários da cidade, levando sua memória para o futuro. Como fontes, são utilizadas fotografias das escolas, plantas arquitetônicas, o mapa da cidade, jornais e almanaques do período. A análise é realizada a partir das lentes da nova história cultural, compreendendo a arquitetura como produtora e produzida do/pelo urbano, sendo os edifícios escolares possuidores de sentidos próprios que se ligam à memória e à cidade.