1995
DOI: 10.1590/s0101-47141995000100020
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F. Braudel: tempo histórico e civilização material. um ensaio bibliográfico

Abstract: A obra Civilização material, economia e capitalismo, um clássico da historiografia contemporânea, cuja tradução brasileira foi publicada em 1995, apresenta o resultado das leituras feitas por Fernand Braudel (1902-1985 ao longo de toda a sua vida. Trata-se de um livro singular em conseqüência do caminho trilhado pelo autor para reconstruir a história do mundo inteiro entre 1400 e 1800, vista como "umAntigo Regimeà escala do mundo". Os comentários que se seguem pretendem tecer algumas considerações sobre esse c… Show more

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“…Mas, nessa mesma formação discursiva, há a possibilidade de antagonismo nessa cadeia de equivalências, podendo formar uma cadeia concorrente, que ocorre a partir do sentido de integração, pois afirmar essa integração significa abrir espaço para a ideia de simultaneidade, o que, no mínimo, amplia a quantidade de linhas do tempo correndo juntas e nas quais os "deslocamentos temporais" (Tuma et al, 2010) são possíveis, já que a perspectiva de simultaneidade alimenta o "enquanto isso em outro espaço", promovendo deslocamentos não apenas espaciais, mas, também, temporais, na medida em que o processo histórico de cada povo em cada lugar segue ritmos diferenciados, dando possibilidades, também, de linhas diferenciadas, conforme as reflexões sobre temporalidades da Escola dos Annales, que, como vimos, segundo Reis (1994b), é essencialmente pluridirecionado e, também, segundo Rocha (1995), possui múltiplas de durações temporais.…”
Section: Os Sentidos Que Se Fazem Hegemônicos: O Funcionamento Dos Seunclassified
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“…Mas, nessa mesma formação discursiva, há a possibilidade de antagonismo nessa cadeia de equivalências, podendo formar uma cadeia concorrente, que ocorre a partir do sentido de integração, pois afirmar essa integração significa abrir espaço para a ideia de simultaneidade, o que, no mínimo, amplia a quantidade de linhas do tempo correndo juntas e nas quais os "deslocamentos temporais" (Tuma et al, 2010) são possíveis, já que a perspectiva de simultaneidade alimenta o "enquanto isso em outro espaço", promovendo deslocamentos não apenas espaciais, mas, também, temporais, na medida em que o processo histórico de cada povo em cada lugar segue ritmos diferenciados, dando possibilidades, também, de linhas diferenciadas, conforme as reflexões sobre temporalidades da Escola dos Annales, que, como vimos, segundo Reis (1994b), é essencialmente pluridirecionado e, também, segundo Rocha (1995), possui múltiplas de durações temporais.…”
Section: Os Sentidos Que Se Fazem Hegemônicos: O Funcionamento Dos Seunclassified
“…A resposta está, também, na tradição da história ensinada, que é, da mesma forma, tradição na formação inicial do professor de história. Essa tradição é pautada em uma perspectiva eurocêntrica de História que inscreve uma concepção temporal baseada em fatos da cultura, economia, política, sociedade e mentalidade que promovem transformações na história europeia da qual tiramos a divisão em "Pré-História", História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea e que, ao que parece, em outros lugares que não o continente europeu, os tempos da história deveriam funcionar da mesma forma, ignorando as possibilidades de multiplicidades de durações teorizadas por Braudel (Rocha, 1995). Essa frase também acaba falando sobre uma intenção quase "pretenciosa" de dar conta de um todo muito grande, como a "História da Humanidade", todas as coisas relevantes que a civilização já fez ao longo do tempo.…”
Section: Os Sentidos Que Se Fazem Hegemônicos: O Funcionamento Dos Seunclassified