O ofício do historiador hoje: entrevista com Stuart B. Schwartz

Kantor, Iris; Dantas, Mônica Duarte

doi:10.1590/s0101-33002011000100010

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“…Assim, em meio a relativa escassez de força de trabalho que atingia o Japão neste período, as empresas passaram a contar com operários estrangeiros que aceitassem trabalhar, de modo tal que houve, neste momento, grande crescimento de estrangeiros vivendo de maneira ilegal, sendo a maioria proveniente de países asiáticos, como Coréia do Sul, China, Bangladesh, Filipinas, Paquistão e Tailândia -em geral, estes eram homens que se dirigiam aos setores manufatureiros e de construção, enquanto que a grande maioria da mulheres ilegais apreendidas, eram recrutadas pela "indústria do sexo". Nas palavras de Helena Hirata, em uma entrevista realizada por Satoshi Kamata (1991): Assim, a entrada dessas imigrantes nikkeis, em meio a necessidade de uma força de trabalho que ocupasse o lugar dos imigrantes indocumentados, fazia-se urgente, significando um importante passo para a modernização das políticas de imigração no Japão.…”

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“…as baixas taxas de desemprego, a promoção progressiva por tempo de trabalho (nenkou jyoretsu), o sindicato por empresa(KAMATA, 1991). Todavia, estes não se desdobravam a toda população, visto que as mulheres quase nunca foram beneficiadas pelo emprego vitalício.…”

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“…O modelo japonês carecia da dona de casa em tempo integral, uma vez que a longa jornada de trabalho e o excesso de horas extras necessitava da garantia da reprodução do trabalho doméstico. Ou seja, a dona de casa, ao lado da migrante interna, ressaltada no trabalho deKamata (1991), constitui um dos pilares que garantiu o triunfo da economia japonesa. Pesquisas realizadas (NIBE, 2016) destacam que o número de filhos em lares imigrantes é maior que o dos japoneses.…”

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Divisão-sócio sexual do trabalho e precarização

Luiza Amado Belo de Oliveira

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Ao longo desta caminhada, tive a oportunidade de conhecer pessoas especiais que trouxeram valiosas contribuições, diretas e/ou indiretas, e que assumiram, portanto, papel central em minha formação e amadurecimento, tornando-se imprescindíveis na construção deste trabalho de pesquisa. A vocês, manifesto a minha mais sincera gratidão. Agradeço particularmente:às entrevistadas e entrevistados desta pesquisa, que confiaram a mim seus relatos de vida e gentilmente cederam seus tempos. Vocês são o coração dessa pesquisa aos meus familiares. Especialmente minha mãe, Lucia Elena Amado Belo de Oliveira, que será sempre meu maior exemplo de força e perseverança; meu pai, Vagner Amado Belo de Oliveira, pelo referencial consistente que gentilmente proporcionou a mim e aos meus irmãos sobre a importância dos estudos como nosso "patrimônio", vibrando sempre com cada conquista ao longo desta caminhada; meus irmãos, Izabela Amado Belo de Oliveira e Pedro Amado Belo de Oliveira, os quais sempre serão minha maior fonte de inspiração, obrigada por estarem sempre ao meu lado e por nunca deixarem de acreditar em mim. Amo vocês.Ao prof. Dr. Ricardo Luiz Coltro Antunes, que para além de gentilmente ter conduzido as orientações da presente dissertação, é referencia intelectual nos estudos do trabalho, tendo ampliado horizontes e inspirado ainda mais a pesquisa através de suas aulas. Ao prof. Dr. Fabio Kazuo Ocada, por ter sido o maior incentivador desta pesquisa e ter colaborado para o seu desenvolvimento ainda na fase de concepção. Agradeço sua amizade e valiosas contribuições oferecidas na Banca de Qualificação para o aprimoramento do trabalho. À prof. Dr. Mariana Shinohara Roncato, pela grandiosa contribuição nos estudos dekasseguis, pelos importantes aportes e sugestões em Banca de Qualificação e pelos aprendizados que proporcionou com seu rigor metodológico. Às funcionárias e funcionários da Unicamp. Especialmente aos trabalhadores terceirizados do IFCH, que mantém a estrutura necessária ao funcionamento do Instituto. Aos professores da Graduação da Universidade Estadual Paulista que foram imprescindíveis para a minha formação inicial. Meus agradecimentos especiais aos professores Braga, Sueli e Totti Às companheiras e companheiros do Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses. Sem a presença de vocês todo o trabalho teria sido muito mais árduo. Meus 7 sinceros agradecimentos pelo acolhimento, leitura crítica do texto, contribuições e sobretudo solidariedade. Aos moradores da Casa Verme, Eduardo, Mariana e Lucas, que nos últimos dois anos se fizeram família. Agradeço todo o cuidado e amor partilhado em cada momento Ao meu amigo de dentro e fora dos muros universitários, Rhavier Pereira. Com todas as mazelas trazidas pela pandemia, sua presença, suporte emocional e auxilio intelectual foram imprescindíveis. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pelo apoio financeiro, sem o qual a realização desta pesquisa não teria sido possível.E por fim, meus agradecimentos vão para Vanessa Villares de Mora...

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Divisão-sócio sexual do trabalho e precarização

Luiza Amado Belo de Oliveira

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“…Ochiai (1994, p. 243) afirma que o modelo japonês precisou da dona de casa em tempo integral, pois a longa jornada de trabalho e o excesso de horas extras necessitava da garantia da reprodução do trabalho doméstico. Isto é, a dona de casa, ao lado da migrante interna ressaltada no trabalho de Kamata (1991) foi um dos principais pilares que garantiu o sucesso econômico japonês.…”

Section: Susan Ferguson E David Mcnally Analisam Queunclassified

“…O trabalho precário, discutido anteriormente, longe de se configurar enquanto uma nova classe social, foi e continua sendo a base sustentadora sobre a qual o capitalismo se erige. No caso japonês, formaram essa base a trabalhadora têxtil do início do século XX, as mulheres que trabalhavam em casa em tempo integral para os seus cônjuges, os migrantes internos retratados porKamata (1991), os imigrantes asiáticos que vieram no Pós-Guerra (MORRIS-SUZUKI, 2006), as dekasseguis da atualidade, entre outras novas formas de trabalhos precários.Uma constância em todos os tempos é o trabalho reprodutivo, que ainda que tenha sofrido algumas alterações 103 , é considerado um trabalho tipicamente feminino.…”

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Working poor japonês

Roncato¹

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Agradeço todas as pessoas entrevistadas nesta pesquisa, razão dela existir. À família que reside no Japão que me acolheu de forma tão carinhosa. Às amigas que lá deixei há tanto tempo, mas que me receberam novamente quando na ocasião do período de pesquisa sanduíche.Ao meu orientador, Ricardo Antunes por todos os anos de orientação, amizade e contínuo incentivo. Considero uma das pessoas mais solidárias que conheci na Unicamp e sou muito grata pelo seu apoio contínuo em todos os momentos desta tese, inclusive nos mais difíceis que passei. Muito além da mera formalidade, seu suporte foi imprescindível para que esta pesquisa pudesse chegar até o fim.Ao prof. Sedi Hirano pela gentileza, erudição e tamanha solidariedade em toda etapa do doutorado. Sou particularmente grata ao auxílio que, sem ele, a ida para o estágio sanduíche no Japão teria sido muito mais complicada. Ao prof. Fábio Ocada por ter acompanhado meu trabalho desde a época do Mestrado e ter sido uma das principais pessoas que me fez despertar interesse à temática das imigrantes. À prof.ª Liliana Segnini pela participação em minha banca de defesa e contribuição ao debate da migração, trabalho e gênero. À prof.ª Bárbara de Castro pelas ótimas sugestões na banca de qualificação e defesa, assim como pelas ótimas dicas de leituras acadêmicas e literárias ao longo desses anos. À profª. Lívia Moraes, minha amiga de longa data, primeira amizade que fiz na Unicamp e mulher cuja trajetória profissional e militante inspiram.Às funcionárias e trabalhadoras da Unicamp que me proporcionaram um aconchegante ambiente de trabalho. Um especial agradecimento à Priscila, secretária do departamento pós-graduação em Sociologia. À prof.ª Nanaba Inako, da Universidade de Sophia no Japão pela orientação e apoio. Conhecer uma acadêmica e intelectual de tamanha potência, ao mesmo tempo uma permanente militante em prol dos da existência das imigrantes foi um privilégio. Ao grupo de pesquisa Grupo de Pesquisa Mundo do Trabalho e suasMetamorfoses pelo apoio intelectual e por ele, poder acreditar que outrosolidário espaço acadêmicoé possível. Foram 10 anos de muita troca e aprendizado, sem nunca perder a criticidade e leveza.Às amigas e amigos que fizeram parte dos anos da pós-graduação. São muitas e muitas pessoas que fizeram parte desta caminhada e considero ser as pessoas que mais me influenciaram, me tocaram e me ensinaram em todos os sentidos. Os anos de doutorado foram muito intensos, por vezes felizes, mas também uma época de grandes e difíceis travessias. Agradeço à Kati, minha amiga irmã que ensinou a apenas parar e respirar (e como isso faz diferença!), à Erika, grande companheira de coração enorme, à Marcela pelas trocas diárias de conversas internéticas, à Florido por estender a mão a todas as mulheres que a rodeia. Se tenho uma certeza na vida é a sorte de sempre ter tido amigas excepcionais.

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Trabalho, mobilidade, circulação

Felix¹

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Divisão-sócio sexual do trabalho e precarização

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