Este artigo analisa a formação do mito da ilha Brasil e suas representações na cartografia dos séculos XVI e XVII, além das formas de apropriação e reapropriação posterior desse mito com fins diplomáticos.
Assim como as turbulências provocadas no além-mar pela Guerra dos Trinta Anos no século XVII, o Tratado de Utrecht, a Guerra dos Sete Anos e a expansão napoleônica mudaram a configuração das redes comerciais do Atlântico Norte e Sul em escala global. Ao final do século XVIII, os portos europeus e as fábricas na África já estavam totalmente documentados pelos cartógrafos da América Portuguesa com grande precisão, difundindo informações náuticas e geográficas importantes. Procuramos destacar a circulação de informações etnográficas, militares e mercantis, ressaltando o potencial heurístico das fontes cartográficas para o estudo do tráfico negreiro da segunda metade do século XVIII
RESUMO: O artigo explora dimensões geopolíticas da toponímia, registradas em documentos cartográficos, desde as reformas empreendidas pelo consulado pombalino em meados do século XVIII, até às primeiras décadas do século XIX, em meio ao processo de afirmação do Estado imperial pós-colonial. PALAVRAS-CHAVE: Cartografia. Fronteiras. Toponímia. Impérios. Soberania, Legislação indigenista.ABSTRACT: This paper explores the geopolitical dimensions of toponymy as registered in cartographic documents dating from the reforms pushed through by the consulate of Marquis of Pombal in the mid 18 th century to the early decades of the 19 th century, as the post-colonial imperial State established itself.
Este dossiê coroa um trabalho de parceria interdisciplinar e interinstitucional 4 , envolvendo o tema da cartografia histórica. Dá continuidade à edição anterior dos Anais do Museu Paulista -Cartografia de uma história: exercícios cartomuseográficos e releituras cosmográficas -séculos XVI e XVII -, enfocando, agora, o papel da cartografia no processo de produção do território luso-americano no Século das Luzes.Os ensaios e reflexões compartilham de uma perspectiva teórico-metodológica comum, que compreende a documentação cartográfica como fonte para o conhecimento histórico.Suportes e vetores do processo de formação dos Estados Dinásticos, mapas cumpriram papel estratégico, mediando, projetando e legitimando o exercício da soberania, no reino e nas conquistas ultramarinas. Expressão dos processos de territorialização dos Estados Modernos, eles mereceram investimento permanente proveniente das Coroas européias, tanto para o aperfeiçoamento das técnicas de representação como para a formação de quadros profissionais especializados na sua feitura.Neste dossiê, procuramos articular três dimensões relacionadas à cartografia sul-americana. A primeira delas diz respeito aos usos políticos dos mapas em negociações internacionais, faceta eminentemente projetiva e nem
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A Academia Brasílica dos Renascidos e o governo político da América portuguesa (1759): notas sobre as contradições do cosmopolitismo acadêmico lusoamericano Autor(es):Kantor, Iris
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