2009
DOI: 10.1590/s0101-33002009000200014
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Quando a ficção se recorda, quando o sentido passa a resistir

Abstract: A partir de três narrativas da literatura brasileira contemporânea, este ensaio examina como a ficção memorialística se desdobra em função do grau e do tipo de fragmentação narratológica: Relato de um certo oriente, de Milton Hatoum, trabalha com as reverberações da difração cultural; Resumo de Ana, de Modesto Carone, com as divergências do contraponto; O motor da luz, de José Almino, com uma subjetividade despedaçada e polifônica. Da mesma forma, o uso da referência literária discrimina nessas obras três post… Show more

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“…O aumento de narrativas de cunho testemunhal ou memorialista surge imperativo diante da fluidez e nomadismo do mundo contemporâneo, no qual se busca reconstruir a trajetória individual, e muitas vezes de uma coletividade, por meio do resgate de imagens do passado e até mesmo de meros fragmentos, que ao serem colados, constituem um mosaico representativo da nossa época de incertezas e precariedades. Para Riaudel (2009), essas obras constituem-se como "ficções, portanto, com suas pregas, seus meandros, reciclando, contudo, as trajetórias individuais" (RIAUDEL, 2009, p. 252).…”
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“…O aumento de narrativas de cunho testemunhal ou memorialista surge imperativo diante da fluidez e nomadismo do mundo contemporâneo, no qual se busca reconstruir a trajetória individual, e muitas vezes de uma coletividade, por meio do resgate de imagens do passado e até mesmo de meros fragmentos, que ao serem colados, constituem um mosaico representativo da nossa época de incertezas e precariedades. Para Riaudel (2009), essas obras constituem-se como "ficções, portanto, com suas pregas, seus meandros, reciclando, contudo, as trajetórias individuais" (RIAUDEL, 2009, p. 252).…”
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“…A narradora de Algum Lugar busca plasmar a experiência vivida por meio da única faculdade que tem qualidade de permanência que é a memória, tentando, inutilmente, deter o tempo que passa e as perdas inerentes a ele. Para Riaudel (2009), esse caráter retrospectivo da "escrita do eu" propicia um desdobramento do tempo, unindo o plano pretérito dos acontecimentos que estão sendo narrados com o presente da enunciação. A unificação da diégese, mesmo com os riscos previstos de uma narrativa parcial, ocorre por meio da subjetividade central.…”
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