2008
DOI: 10.1590/s0101-33002008000200013
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Jagunços e homens livres pobres: o lugar do mito no Grande sertão

Abstract: Em 27 de junho de 2008 João Guimarães Rosa faria cem anos. O escritor mineiro, nascido em Cordisburgo ("burgo do coração"), mudou-se para Belo Horizonte em 1918; formou-se em medicina,trabalhou durante dois anos num povoado no município de Itaúna, em Minas Gerais. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, foi médico voluntário da Força Pública, integrando em seguida seus quadros. Ingressou na carreira diplomática aos 26 anos, passando, a partir de 1938, a viver em cidades como Paris, Hamburgo e Bogotá.Di… Show more

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“…"O sertão está em tudo" (GUIMARÃES ROSA, 1986, p.). E é nessa vastidão, no espaço mítico do sertão (PACHECO, 2008) que Teodoro supostamente encontra a ex-mulher de seu pai e com ela faz um filho: o segundo Benjamin, o narrador-ouvinte da obra. Ao explorar as duas facetas do sertão: a do objeto do discurso estatal e de estudos intelectuais e o sertão enquanto espaço literário que ressurge dos escombros via ficção e que está em toda parte, vemos rapidamente que a primeira face está impregnada no imaginário nacional ou senso comum e é facilmente reconhecível nos relatos; já a segunda, a que traz subjacente uma maneira original de ver o sertão além de seus aspectos concretos e físicos, por meio de sua singularidade, por uma visão de mundo ao mesmo tempo simples e encantada, por isso, mais genuína, pois parte de elementos da terra está encarnada em Teodoro e é encarada com ceticismo peculiar daqueles que têm o mundo sob o domínio da lógica, ou seja, o relato de Teo é encarado como loucura, delírio.…”
Section: Críticaunclassified
“…"O sertão está em tudo" (GUIMARÃES ROSA, 1986, p.). E é nessa vastidão, no espaço mítico do sertão (PACHECO, 2008) que Teodoro supostamente encontra a ex-mulher de seu pai e com ela faz um filho: o segundo Benjamin, o narrador-ouvinte da obra. Ao explorar as duas facetas do sertão: a do objeto do discurso estatal e de estudos intelectuais e o sertão enquanto espaço literário que ressurge dos escombros via ficção e que está em toda parte, vemos rapidamente que a primeira face está impregnada no imaginário nacional ou senso comum e é facilmente reconhecível nos relatos; já a segunda, a que traz subjacente uma maneira original de ver o sertão além de seus aspectos concretos e físicos, por meio de sua singularidade, por uma visão de mundo ao mesmo tempo simples e encantada, por isso, mais genuína, pois parte de elementos da terra está encarnada em Teodoro e é encarada com ceticismo peculiar daqueles que têm o mundo sob o domínio da lógica, ou seja, o relato de Teo é encarado como loucura, delírio.…”
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