Por uma infeliz coincidência da contingência, duas estrelas do nosso cancioneiro foram, tal como Macunaíma, para o “campo vasto do céu”. 1 Gal Costa e Rolando Boldrin fizeram a viagem final no mesmo dia nove de novembro de 2022, mas suas obras continuam a brilhar e constituir a ampla constelação da música popular brasileira, que, como diz Benjamin, “são mais claramente visíveis nos extremos”. 2 Isto é, pela distância que os aproxima, suas obras têm muito a nos ensinar sobre a nossa maneira de fazer canções. A constância de Boldrin e as muitas metamorfoses de Gal expõem e pensam, cada qual a sua maneira, um traço característico das chamadas formações periféricas do sistema capitalista, a saber, a necessidade da manutenção de práticas e ideias ditas tradicionais ou arcaicas para a realização do moderno ou do novo
Uma das marcas da obra do músico e compositor Milton Nascimento é a forte presença de traços nostálgicos em suas gravações, pois, em muitos casos, os acontecimentos relacionados ao tempo presente são lidos de maneira negativa, principalmente se comparados às situações relativas ao passado, momento no qual as pessoas supostamente teriam uma vida melhor. Segue disso outra característica essencial à sua produção: uma crítica radical ao modelo de sociedade reinante. Nostalgia e críticas são, desse modo, determinações simultâneas e inseparáveis, que se constituem como um dos pilares de suas canções. A questão, portanto, é salientar que essa retomada do passado é bem delineada: corresponde aos primórdios da industrialização brasileira.
Guimarães Rosa e Milton Nascimento são artistas intimamente ligados a Minas Gerais. Propõe-se aqui uma comparação entre as suas obras, não tanto pelo tema, mas pela lei estética que as organizam, aquilo que Walter Benjamin chamou de forma interna, que são muito semelhantes em seu teor. Dessa aproximação, buscar-se-á pensar as similaridades e as diferenças entre as produções e, por conseguinte, a maneira como essas leem as contradições da nossa chamada modernização conservada.
Este trabalho não nasceu de duas mãos e uma cabeça. É fruto de muitas vontades e experiências. Devo a elas tudo o que segue! Nada mais justo do que iniciar com a pessoa que aceitou partilhar tudo comigo: as indignações, o cotidiano, os devaneios, as conversas, as irritações, as festas; enfim, a vida! À Mariana Di Stella Piazzolla, a quem admiro e amo, agradeço pela sorte de ter te encontrado.A minha família, alicerce de quem sou, por estar sempre presente, agradeço: À minha mãe Sônia Maria Fecchio, a pessoa mais forte que já conheci, por me ensinar que os desafios podem ser superados desde que nos mantenhamos unidos e perseverantes naquilo que acreditamos.À minha irmã, Lívia Maria Fecchio Gueraldo, amiga desde os tempos de criança, por ter me mostrado que nem tudo é o que aparenta ser. Ao meu cunhado e amigo Diogo Fernando Justo Garcia, pela generosidade e, óbvio, por fazer minha irmã feliz! À pequena Letícia, a mais nova integrante da família, a quem já peço desculpas pela ausência.Ao meu irmão, Renan Tadeu Fecchio Gueraldo, amigo desde os tempos de criança, por constantemente me abrir os olhos para as minhas mesquinharias ao sempre apresentar um ponto de vista inusitado.À minha prima que é irmã, Luisa Magni Fecchio, amiga desde os tempos de criança, que me deu um novo irmão, Gustavo Kerr. Aos meus tios, que mais parecem pais, Luiz Antônio Fecchio e Devanir Conte Magni, inclusive por serem os responsáveis pelas minhas primeiras aulas de música.Ao Bento Edè, irmão da Clarice, filhos da Cláudia Vasconcellos e do Vinícius Lopes, minha família por consideração, aos quais agradeço pela amizade e peço perdão pela ausência.Para todos da "Oficina de música Sonia Silva", sem os quais não teria garantido o pão de cada dia com alegria ao longo dos anos. À própria Sonia Silva, que muito generosamente me abriu as portas, e para a dupla que mantêm tudo funcionando, Lucinéia dos Reis e Patrícia Martins.Devo um agradecimento aos amigos, professores, companheiros de trabalho e de luta, Henry "Guappo" Sauerbeck, que me iniciou nas artes musicais e no estudo da canção e Marcus Vinícius Penna, o grande responsável pelo pouco que sei de música.Para todos do "Instituto de Estudos Brasileiros", por criarem um espaço estimulante e acolhedor, apesar dos pesares. À Maria Cristina Pires da Costa e Daniele Lopes Freitas, sem as quais, o v IEB não teria nenhuma pesquisa concluída.Ao Alexandre de Freitas Barbosa, pelas aulas, discussões e, principalmente, pelos comentários valiosos feitos na banca de qualificação. À Thais Lima Nicodemo, pela participação essencial na banca de qualificação e por ter aceito o convite de participar da banda de defesa. Ao José Roberto Zan, cuja presença na banca de defesa me deixa muito contente.Faço um agradecimento especial ao meu estimado orientador Walter Garcia, pelas conversas, pelos comentários sempre acertados, pela postura profissional e pessoal, pelas críticas, pela capacidade e pelo estímulo. Sem sombra de dúvida, esse trabalho não teria se completado sem a sua orientação, que perpassa todas as palavr...
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