O artigo analisa uma experiência didática, produzida com estudantes da Pós-Graduação em Educação da cidade de Porto Alegre-RS, em uma disciplina de Gênero, Classe e Raça, sistematizada por meio de uma autoetnografia. Discute o espanto das estudantes com o desconhecimento sobre o feminismo, de modo geral, que ainda não circula na academia, em especial na área da Educação. Narra o processo de envolvimento com as leituras de textos de Davis, González e Saffioti e o incômodo resultante, que levou uma parte do grupo para uma ação pedagógica, em um cursinho popular pré-vestibular, na periferia de Porto Alegre, e outra parte a escrever cartas para a professora sobre suas rupturas no transcurso do semestre. Conclui com o convite a outras releituras e proposições da formação continuada no campo da Pós-Graduação em Educação.