RESUMo: Neste artigo nós investigamos a dinâmica de médio a longo prazo que emerge do fenômeno da doença holandesa com financeirização. Nós nos inspiramos no caso mais recente do padrão de desenvolvimento da Colômbia. A doença holandesa "pura" causa desindustrialização, em primeiro lugar, ao apreciar permanentemente a taxa de câmbio no longo prazo. A financeirização neste caso, isto é, os maiores influxos de capital em um cenário de excesso de otimismo financeiro puxado pela existência de recursos naturais, leva no médio prazo a uma maior volatilidade na taxa de câmbio e à instabilidade macroeconômica. Este processo prejudica ainda mais o desenvolvimento do setor manufatureiro ao aumentar a incerteza na economia. A recomendação é, portanto, pela adoção do controle de capitais e por uma política monetária desenvolvimentista a fim de confrontar os fenômenos da financeirização e da doença holandesa. PALAVRAS-CHAVE: Doença holandesa; financeirização; volatilidade cambial; política monetária desenvolvimentista.ABSTRACT: We formally investigate the medium-to-long-run dynamics emerging out of a Dutch disease-cum-financialization phenomenon. We take inspiration from the most recent Colombian development pattern. The "pure" Dutch disease first causes deindustrialization by permanently appreciating the economy's exchange rate in the long run. Financialization, i.e., booming capital inflows taking place in a climate of natural resource-led financial overoptimism, causes medium-run exchange rate volatility and macroeconomic instability. This jeopardizes manufacturing development even further by raising macroeconomic uncertainty. We advise the adoption of capital controls and a developmentalist monetary policy to tackle these two distinct but often intertwined phenomena.