Este trabalho tem como objetivo analisar o posicionamento brasileiro e chinês na perspectiva da integração às cadeias globais de valor através da construção de indicadores com dados de comércio internacional que, categorizados emtecnologia, possibilitam avaliar a qualidade da integração a montante e a jusante dos países. A tese central deste artigo argumenta que a estrutura produtiva nacional dada pelos condicionantes endógenosalterou a forma de inserção internacional dos países. Em termos de resultado, observou-se que ambas economias tem buscado promover sofisticações tecnológicas na pespectiva do comércio internacional, porém a economia chinesa está avançando em setores que possibilitam catching up, ainda que apresente resultados importantes e semelhantes ao Brasil em tecnologias menos intensivas em conhecimento. Com isso, afirma-se que não se trata apenas de um processo de elevar a participação nas cadeias globais de valor, mas fazer com que este represente uma integração virutosa dos países. Isto é, supere o path dependence, que está atrelado a capacidade de articulação política, econômica e social que viabiliza a acumulação de capital e a diversificação da estrutura produtiva.