Efeitos de potenciais hídricos do substrato e teores de água das sementes na germinação de feijão

Abstract

Vários são os fatores capazes de afetar a germinação, entre eles, a disponibilidade hídrica e o teor de água nas sementes são importantes. Dessa forma, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito das disponibilidades hídricas do substrato e dos teores de água das sementes na germinação de diferentes cultivares de feijão e verificar a ocorrência de possíveis efeitos de danos por embebição. Os tratamentos foram constituídos de sementes de sete cultivares de feijão: IAC-Tunã, IAC-Ybaté, IAC-Apuã, IAC-Tybatã, IAC-Votuporanga, IAC-Carioca e Carioca com teores de água iniciais na semente de 9, 11 e 13% e submetidos às disponibilidades hídricas do substrato de -0,04, -0,1, -0,2 e -0,4 MPa. Feito isso, foi avaliada a porcentagem de germinação. Concluiu-se que à medida que se reduz os potenciais hídricos, ou seja, com o aumento da deficiência hídrica, a germinação é reduzida para qualquer teor de água nas sementes para os sete cultivares. Em relação ao teor inicial de água nas sementes, não foi verificada sua influência na germinação, ou seja, não foram observados danos por embebição nas condições as quais as sementes foram submetidas.

Disponibilidade hídrica do substrato e teor de água da semente na germinação de niger1

“…A perda de capacidade germinativa ocorreu de forma mais evidente em sementes com 7,0 % e 12,8 % de teor de água do que em sementes com teores de água acima de 18 % (Masetto et al 2011). Por outro lado, a germinação de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris) não foi influenciada pelos teores de água das mesmas, e sim apenas pelo aumento na deficiência hídrica do substrato (Forti et al 2009). …”

“…Essas sementes embebem mais rapidamente que aquelas com alto teor de água, em função do gradiente hídrico muito elevado (Forti et al 2009). A água removida da membrana plasmática das célu-las, durante a desidratação, provoca uma mudança na sua fluidez, passando, normalmente, do estado cristalino-líquido para o estado de gel (Ferreira & Borghetti 2004).…”

Potenciais Hídricos E Teores De Água Na Germinação De Sementes E Crescimento Inicial De Milheto

“…(Penfield et al, 2001); sementes de feijão (Phaseolus vulgaris) com teores de água de 9, 11 e 13% apresentaram redução crescente da germinação à medida que as disponibilidades hídricas foram sendo reduzidas a partir de -0,04 MPa com PEG (Forti et al, 2009); em sementes de Urochloa ruziziensis, a extensão dos danos provocados na germinação e no crescimento de plântulas deve-se à severidade do estresse hídrico causado por PEG e ao teor de água de 9,5% nas sementes (Masetto et al, 2013). em sementes mutantes de Arabidopsis thaliana sem os polissacarídeos depositados no tegumento responsáveis pela formação de uma mucilagem (que promove a umidade controlando a embebição de água), ocorre redução da germinação em meio osmótico com PEG (Penfield et al, 2001); sementes de feijão (Phaseolus vulgaris) com teores de água de 9, 11 e 13% apresentaram redução crescente da germinação à medida que as disponibilidades hídricas foram sendo reduzidas a partir de -0,04 MPa com PEG (Forti et al, 2009); em sementes de Urochloa ruziziensis, a extensão dos danos provocados na germinação e no crescimento de plântulas deve-se à severidade do estresse hídrico causado por PEG e ao teor de água de 9,5% nas sementes (Masetto et al, 2013 Gechev et al (2012), as plantas se adaptam à seca por meio de numerosos mecanismos fisiológicos e morfológicos, sendo que alguns são imediatos ao estresse, como o fechamento estomático governado principalmente por ácido abcísico (ABA). Entretanto, mudanças na arquitetura radicular, como o crescimento de raízes em resposta ao estresse hídrico, estão associadas à redução do crescimento da parte aérea.…”

Physiological potential of Phaseolus lunatus L. seeds subjected to water stress at different temperatures

“…Seeds of the common bean (Phaseolus vulgaris L.) submitted to water stress simulated with PEG 6000 solution showed a reduction in germination at the osmotic potential -0.4 MPa (FORTI et al, 2009). Similarly, P. vulgaris seeds of the cultivar IAC-Carioca 80SH were also severely affected by the osmotic potential of -0.9 MPa of the PEG 6000 and NaCl solutes, with values of 0 and 15% for germination, respectively (MACHADO NETO et al, 2006).…”

“…Studies that were carried out to evaluate the vigor of seeds of several species were conducted under conditions of simulated water deficiency (FORTI et al, 2009). For this, polyethylene glycol 6000 (PEG 6000), whose formula is HOCH 2 (CH 2 OCH 2 ) n CH 2 OH, is the mostly used osmotic conditioning solute because it is chemically inert and non-toxic to the seeds (QUEIROZ et al, 1998).…”