Objetivo: Avaliar através do exame físico (EF) alterações presentes na fístula arteriovenosa (FAV) durante o período de maturação e propor um protocolo de avaliação pós-operatória que inclua esse método. Materiais e métodos: Estudo longitudinal com abordagem quantitativa. Foram acompanhados os pacientes submetidos à construção de FAV utilizando um roteiro de entrevista semiestruturada, seguido por dois EF da FAV: o primeiro entre 24 a 48 horas após a cirurgia e o segundo no 15º dia do pós-operatório. Foram utilizados os Softwares SPSS 13.0 (Statistical Package for the Social Sciences) para Windows e o Excel 2010 para a análise dos dados. Resultados: Foram incluídos na amostra 17 pacientes, dos quais dois realizaram mais de um procedimento de construção da FAV em virtude do insucesso dos procedimentos iniciais, sendo totalizadas 20 FAV avaliadas. Houve um predomínio do sexo masculino e a idade média foi de 51,8 anos. A Hipertensão Arterial Sistêmica foi a doença mais prevalente (94,1%), seguida da Diabetes Mellitus (47%). O Índice de Massa Corporal mostrou-se na faixa da normalidade na maioria (64,7%) e 58,8% já encontrava-se em tratamento dialítico, 90% com cateter de curta permanência. Foram construídas sete (35%) FAV distais e 13 (65%) proximais. Em apenas seis (30%) FAV foi constatada falha precoce. Conclusão: O EF mostrou-se útil na avaliação da funcionalidade da FAV e sugere-se que o protocolo elaborado possa ser validado e utilizado na prática do serviço, aumentando a qualidade da assistência de enfermagem prestada ao portador de FAV.