(PPO) foram extraídas da polpa de goiaba. Os extratos foram preparados utilizando-se a polpa da goiaba e solução tampão fosfato de sódio 100mM com pH variando de 6,0 a 7,0 em intervalos de 0,1. Foi determinada a atividade enzimática da peroxidase e da polifenoloxidase desses extratos, a fim de se observar o melhor pH para a extração de cada enzima. O pH 6,3 foi considerado o melhor para a extração da POD da polpa de goiaba, enquanto que para PPO, o pH foi 6,8. Os extratos brutos de POD e PPO foram submetidos a temperaturas de 60 °C, 65 °C, 70 °C, 75 °C e 80 °C por um período de 0 a 10 min. Os resultados demonstraram um decréscimo da atividade enzimática nos extratos com o aumento da temperatura e do tempo. No entanto, a total inativação não foi atingida o que sugere a presença de isoenzimas termoresistentes. Palavras-chave: peroxidase, polifenoloxidase, atividade enzimática, goiaba, polpa. SUMMARY PEROXIDASE (POD) AND POLYPHENOLOXIDASE (PPO) IN GUAVA (Psidium Guajava R.) PULP. Peroxidase E.C. 1.11.1.7 (POD) and polyphenoloxidase E.C.1.10.3.1 (PPO) were extracted from guava pulp. The extracts were prepared using guava pulp and a sodium phosphate buffer 100 mM with a pH varying from 6.0 to 7.0 in intervals of 0.1. This was done in order to observe the best pH for the extraction of each enzyme. The pH of 6.3 was considered the best in terms of extracting POD from guava pulp while the pH was 6.8 for the PPO extraction. The POD and PPO extracts of guava pulp were exposed to temperatures of 60 °C, 65 °C, 70 °C, 75 °C and 80 °C in a period between 0 to 10 min. The result showed a decrease in the enzymatic activity due to the increase of the temperature and time. However, total inactivation was not achieved which suggests the presence of thermo resistant isoenzymes. Keywords: peroxidase, polyphenoloxidase, enzymatic activity, guava, pulp.
1-INTRODUÇÃOA goiaba é uma fruta considerada muito importante dentro do contexto da fruticultura brasileira, encontrandose em expansão. Embora a sua produção no Brasil represente aproximadamente 280 mil toneladas, concentradas nos meses de fevereiro e março, a comercialização da fruta ocorre o ano todo. O aumento no consumo está associado à grande divulgação das qualidades nutricionais da fruta. Por se tratar de uma fruta altamente perecível, o conhecimento de sua fisiologia pós-colheita é fundamental para o emprego adequado de tecnologias, visando aumentar o período de conservação. Após a colheita de frutas e hortaliças inicia-se uma série de processos degradativos que aceleram a senescência, causando perdas de grande parte da produção. Diversas dessas perdas podem ser atribuídas à ação de enzimas durante a pós-colheita.A polifenoloxidase (PPO; EC 1.10.3.1) e a peroxidase (POD; EC 1.11.1.7) estão presentes em um grande grupo de frutas e vegetais [14]. Elas fazem parte de um grande número de enzimas conhecidas como oxiredutases, podendo promover uma variedade de reações, principalmente a peroxidase [3,4]. A investigação desse grupo de enzima tem sido de grande importância para a tecn...