Qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica: um estudo de corte transversal analítico

Abstract

Qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica: um estudo de corte transversal analítico Quality of life of women with chronic pelvic pain: a cross-sectional analytical study Priscilla rodrigues Barcelos 1 délio Marques conde 2 José Miguel de deus 3 edson ZangiacoMi MartineZ 4 Artigo original Resumo OBJETIVOS: comparar a qualidade de vida (QV) de mulheres com e sem dor pélvica crônica (DPC) e investigar os fatores associados à QV de mulheres com DPC. MÉTODOS: conduziu-se estudo de corte transversal, incluindo 30 mulheres com DPC e 20 sem DPC. Foram avaliadas características sociodemográficas e clínicas. A QV foi investigada pelo questionário SF-36, que apresenta oito domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Esses domínios podem ser resumidos em dois sumários: sumário do componente físico (SCF) e sumário do componente mental (SCM). A intensidade da dor foi pesquisada, aplicando-se a escala visual analógica. Utilizou-se análise de regressão linear para comparação dos escores de QV entre mulheres com e sem DPC e para identificação dos fatores associados à QV de mulheres com DPC. RESULTADOS: a média de idade das mulheres com e sem DPC foi de 35,2±7,5 e de 36±9,3 anos (p=0,77), respectivamente. Mulheres com DPC apresentaram menor renda familiar mensal (p=0,04) e maior prevalência de dismenorreia (87 versus 40%; p<0,01) e depressão (30 versus 5%; p=0,04) quando comparadas àquelas sem DPC. Na análise ajustada por potenciais variáveis confundidoras, mulheres com DPC apresentaram menores escores de QV nos domínios dor (p<0,01) e aspectos sociais (p<0,01). Depressão associou-se negativamente ao domínio aspectos emocionais (p=0,05) e ao SCM (p=0,03), enquanto intensidade da dor relacionou-se negativamente ao domínio dor (p<0,01) da QV de mulheres com DPC. CONCLUSÕES: mulheres com DPC apresentaram pior QV quando comparadas a mulheres sem DPC. Depressão e intensidade da dor relacionaram-se negativamente à QV de mulheres com DPC. Dessa forma, a avaliação e o tratamento de sintomas depressivos e da dor devem estar entre as prioridades que objetivem melhorar a QV de mulheres com DPC.

Intermenstrual Pelvic Pain, Quality of Life and Mood

“…This evidence adds to the observation reported in a previous study which documented the association between depressive symptoms and pain intensity without discriminating between the different types of pelvic pain [12]. The association of pain with psychological disturbances reported in the present and previous studies [12] may be interpreted in a bidirectional way, i.e. depression favors pain perception or pain depresses mood [20].…”

“…On the other hand, when all types of pain are entered into multiple regression analysis, health-related quality of life and mood are negatively -associated mainly with intermenstrual pelvic pain, even if this is the less intense pain on a VAS scale. Reduced health-related quality of life is associated with depressive mood [12,14]. …”

“…Although pelvic pain can negatively influence quality of life [2,10,11,12] and mood [13,14], the independent role exerted by dysmenorrhea, dyspareunia or intermenstrual pelvic pain has never been clarified and it was thus investigated in the present study.…”

Primary dysmenorrhea in adolescent girls as a predictor of the development of undifferentiated connective tissue dysplasia

“…Частота дисменореи среди подростков в США составляет от 65-85%, по данным C. Banikarim [3]. Широкий диапазон колебаний в различных регионах России -от 5 до 89% [1] и за рубежом -от 48,4 до 94,0% [4] обусловлен отсутствием стандартизированных тестов оценки степени болезненности менструации и субъективным подходом врачей при оценке болевых ощущений. При этом все авторы единодушно указывают на высокий уровень школьного абсентеизма, достигающий 8,8-48,0% [3,4].…”