O parto em idade gestacional precoce determina o nascimento de uma criança com variá-veis graus de imaturidade dos seus órgãos e sistemas. O desenvolvimento pulmonar incompleto é, sem dúvida, um dos aspectos mais comprometedores do prognóstico neonatal.Com o objetivo de promover a aceleração da maturidade pulmonar fetal, nas gestantes com risco de prematuridade, tem sido proposta a corticoterapia materna.A investigação clínica sobre esse uso de esteróides iniciou-se com os trabalhos de Liggins 1 , enquanto estudava aspectos do determinismo da parturição. Posteriormente, Liggins e Howie 2 realizaram o primeiro estudo randômico, duplo cego, em humanos, no qual comprovaram que o uso materno antenatal da betametasona reduziu significantemente a incidência da síndrome do desconforto respiratório e a mortalidade neonatal.A partir dessas observações iniciais, diversos trabalhos surgiram na literatura, com o intuito de estudar a ação da corticoterapia materna antenatal na aceleração da maturidade pulmonar fetal, com destaque para os estudos colaborativos,