Pesquisa científica como eixo integrador da formação e prática médica

Palácios, Marisa

doi:10.1590/s0100-55022011000400001

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“…O orientador tem o papel de auxiliar o aluno de iniciação científica que, devido à falta de experiência, não possui as habilidades necessárias para a condução autônoma de um projeto de pesquisa. No entanto, existem muitas situações nas quais os alunos não são adequadamente amparados nesse processo e, além disso, situações nas quais há uma relação conflituosa entre aluno e orientador 24 . Isso é danoso em vários aspectos: primeiramente, há risco de que os supostos benefícios advindos da participação em projetos de pesquisa não sejam plenamente desenvolvidos por essa lacuna de orientação.…”

Section: Discussionunclassified

Análise das experiências em iniciações científicas de estudantes de medicina do Campus São Paulo/UNIFESP

Pereira

Schveitzer

2020

Rev. Med. (São Paulo)

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Iniciações científicas são o primeiro contato dos estudantes de medicina com a pesquisa e são centrais no desenvolvimento do pensamento crítico e de habilidades pessoais, apesar de dificuldades como falta de tempo e de orientação apropriada. Os objetivos foram analisar as experiências que estudantes de medicina Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tiveram com seus projetos de iniciação científica e identificar aspectos positivos e negativos desse programa nesta universidade. Estudantes de medicina da Unifesp de todos os anos foram convidados a escrever anonimamente, utilizando a plataforma online RedCap, um relato sobre suas experiências com projetos de iniciação científica. Os textos foram lidos e divididos em categorias relativas a experiência geral e em subcategorias relativas aos benefícios, dificuldades e motivações presentes nos relatos. Foram analisadas 71 respostas, sendo que 60 relataram uma boa experiência em seus projetos e 11, uma experiência ruim. Os principais benefícios citados foram contato com o método científico e desenvolvimento pessoal. As principais dificuldades foram um relacionamento conflituoso com o orientador e a falta de tempo. As principais motivações foram o contato com uma área de interesse e o enriquecimento curricular. Desenvolver um projeto permite praticar o método científico, estimula o pensamento crítico e a melhoria de habilidades pessoais, como trabalho em equipe e gerenciamento de tempo. Um bom relacionamento com o orientador é importante, uma vez que os estudantes, devido à falta de experiência, não têm a capacidade de conduzir as pesquisas sozinhos. Conciliar os projetos com a graduação é uma dificuldade, gerando a discussão de como as faculdades de medicina poderiam incorporar a iniciação científica no currículo oficial. A motivação pelo enriquecimento curricular mostra preocupação com o processo de seleção para a residência médica, podendo criar um sentimento de obrigatoriedade de engajamento em pesquisa, gerando decepção com o meio acadêmico e resultados pouco significativos.

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Section: Discussionunclassified

Análise das experiências em iniciações científicas de estudantes de medicina do Campus São Paulo/UNIFESP

Pereira

Schveitzer

2020

Rev. Med. (São Paulo)

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“…Seria desejável a mobilização de estratégias curriculares de inclusão da pesquisa na graduação em medicina de forma mais ampla, tendo em vista a importância dessas atividades para os estudantes de medicina [5,6,9,11,14]. Como limitações deste estudo pode-se considerar que o mesmo descreve os níveis de participação dos estudantes em pesquisa sem contemplar aspectos como dificuldades e motivações relativas à produção científica, bem como influência da realização de pesquisas científicas no contexto da graduação sobre a formação profissional, ingresso em programas de pós-graduação stricto sensu e continuidade de atividades de pesquisa.…”

Section: Discussionunclassified

“…Competência científica, atualização constante e potencial para enfrentar desafios estão entre as qualidades requeridas a um bom profissional médico, habilidades que podem ser incutidas com a experiência em pesquisa. Disciplinas de forte conteúdo científico têm o poder de mudar o pensar e o agir médico, sendo essenciais à formação do senso crítico e ética na prática profissional [11][12][13][14].…”

Section: Introductionunclassified

Perfil científico de estudantes de Medicina em uma universidade pública

Soares

Ferreira

Carreira

et al. 2017

Sci Med

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Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada. ABSTRACT AIMS: To describe the characteristics of scientific activities conducted by medical students at the State University of Pará, Brazil, including their participation in research, events, and publications of medical articles. METHODS: A cross-sectional study was conducted from March to June 2015 with over-18-year-old students from the medical school of the State University of Pará, after they signed an informed consent form for their participation. Thirty students from each academic year (6 in total) answered a questionnaire developed and applied by the researchers. The questionnaire addressed the students' participation in research activities, the types of research developed, and their scientific production. The participants were grouped according to academic cycles (1st and 2nd years, 3rd and 4th years, and 5th and 6th years). The type of scientific research was classified into four categories: database search, experiments with animals, clinical practice at outpatient clinics and health centers, and analyses of biological samples. The categorical variables were expressed as frequencies and percentage and compared by the chi-square test. A pvalue ≤0.05 was considered to be statistically significant. RESULTS: Out of 180 assessed students, 96 (53.3%) conducted research. Of these, 23 (12.7%) were 1st-or 2nd-year students, 33 (18.3%) were in the 3rd or 4th year, and 40 (22.2%) were attending the 5th or 6th year. Regarding the type of research, there was a larger participation in database search (26.7%) and in clinical studies (26.7%). Participation of undergraduates in scientific events consisted of poster sessions (40.6%) and oral presentations (14.4%). CONCLUSIONS: The study revealed a high frequency of participation of medical students in research activities, with a major focus on clinical studies and database search. Students from the 3rd to the 6th year showed a higher degree of participation. The students' scientific production was made known more frequently through their participation in scientific events, especially in poster sessions. There was a paucity of publications by the investigated undergraduate students.

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“…Um indicador desse crescimento é a participação brasileira na produção científica internacional, por meio de artigos científicos publicados em revistas internacionais e da internacionalização de nossos periódicos 1,2 . O destaque que o médico alcança durante sua carreira profissional, é resultado de sua atuação clínica e de realizações na sua especialidade.…”

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