Este artigo examina o personagem Zé do Caixão, de José Mojica Marins, a partir da concepção de “monstro”, articulando conceitos de Mary Douglas, Noël Carroll e Michel Foucault. Do mesmo modo, o texto investiga as diferentes estruturações de alguns personagens da filmografia do diretor, que se enquadram no conceito de “anormais”, de Michel Foucault. Para isso, o artigo se baseia nos escritos destes autores e na análise fílmica de algumas obras de José Mojica Marins, averiguando as reconfigurações desses personagens em diferentes momentos. Nossas conclusões versam sobre a relação dos filmes com seus contextos sociais, inseridos em diferentes épocas, demarcando a importância de se analisar o monstro e os anormais a partir das visões teóricas utilizadas.